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COLUNAS


Ricardo Bressan
bressan@poccomunicacao.com.br

Fundador da POC – Por Outra Comunicação –, consultoria com foco em Planejamento Estratégico de Comunicação (Prevenção e Gestão de Crises, Media training, Análise de exposição de mídia, Relacionamento com a Imprensa, Mídias Sociais, Comunicação Interna, Etiqueta Corportiva e Palestras).

Desenvolveu uma ferramenta de comunicação organizacional denominada "Sistema de Compensação e Recompensa", que se originou de uma visão macro por meio das observações das mutações culturais que se configuram dentro do organismo social nos últimos anos. Com base nelas, a POC desenvolveu um método de trabalho com foco na seguinte premissa: Reproduzir imagem, sem antes ter se utilizado da comunicação como meio para o fortalecimento institucional ou de sua identidade, é o principal motivo das crises organizacionais. É como querer colher antes de plantar. O nosso trabalho é executado por meio da seguinte fórmula: investigação + apuração = diagnóstico.

Com MBA em Gestão da Comunicação Empresarial pela Aberje, Ricardo é jornalista e especializado em Comunicação Interna, Auditoria de Imagem, Relacionamento com Imprensa, Comunicação e Responsabilidade Social pela "Comtexto Comunicação e Pesquisa"

Um excelente posicionamento de crise: boticário e água benta

              Publicado em 02/06/2015

O preconceito, seja ele ligado à etnia, sexo ou credo é um meme cultural disseminado por indivíduos desinformados que tem um posicionamento direcionado pela ignorância (falta de conhecimento) histórica e humanística.

 

                                                                                                               

Seja no Antigo e no Novo Testamento, parábolas e aforismos são interpretados e disseminados, muitas vezes, de forma errônea.

Principalmente na era cristã, com o surgimento do catolicismo, e depois com as instituições protestantes, desenvolveram-se diversos tabus construídos pela dislexia dos religiosos ortodoxos.

Antes de Cristo, entre os gregos e romanos, não existia esse tipo de tabu. A homossexualidade era comum à Physis (natureza) desses povos. Enfim, todas as discriminações no planeta Terra, foram concebidas pelos seres humanos, por interesses políticos, econômicos e ideológicos. Da mesma forma que o repudio à discriminação é movido por esses mesmos interesses.

No caso dos homossexuais, o capital descobriu o potencial desses consumidores, em sua maioria, com ótimo poder aquisitivo e gosto refinado.

Assim, a causa de se configurar um novo meme que extinga o preconceito contra essa minoria, está clara. Interesses muito mais econômicos do que humanísticos.

Mesmo que assim seja, teríamos que começar de alguma forma, independente das intenções, esse processo de quebrar de tabus.

Segundo o zoologista Richard Dawkins, criador do conceito, o meme é um código cultural que prevalece de acordo com a sua força de transmissão e assimilação dentro do organismo social. Usado como metáfora, Dawkins, analogamente, observa o processo de evolução cultural, assemelhando-o à teoria da evolução de Darwin: um meme seria como um gene, ou seja, sobrevive aquele que melhor se adapta ao meio. Assim, como o gene, ele mantém sua capacidade ou força de persuasão, até ser eliminado ou superado por um novo meme.

Ele descreve os seres humanos como veículos e replicadores de genes (porção do DNA capaz de produzir um efeito no organismo que seja hereditário e possa ser alvo da seleção natural) e de memes que se replicam e sobrevivem de forma semelhante aos genes, através de um processo de seleção e competitividade. Segundo ele, somos veículos, mas não necessariamente serviçais:

"Somos construídos como máquinas de genes e educados como máquinas de memes, mas temos o poder de nos revoltar contra os nossos criadores. Somos os únicos na Terra que temos o poder de nos rebelar contra a tirania dos replicadores egoístas".

Para Dawkins, uma das razões para o grande apelo exercido pela teoria da seleção de grupo talvez seja o fato de ela se afinar completamente com os IDEAIS MORAIS E POLÍTICOS partilhados pela maioria de nós. Como indivíduos ou organizações, não raro, nos comportamos de forma egoísta (identidade). Nos momentos idealistas reverenciamos e admiramos aqueles que colocam o bem-estar dos outros em primeiro lugar (imagem).

Enfim, parabéns ao Boticário pelo posicionamento de crise e a excelente estratégia de marketing finalizada com a linda mensagem projetada pela propaganda que segue abaixo:

 

https://fbcdn-sphotos-f-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpt1/v/t1.0-9/11045487_1114346918582716_687482095615429713_n.jpg?oh=201feebce96a14ed22fd8304c403e409&oe=56045261&__gda__=1441932645_c82130c2d601d4d4266f0a322d504a67

 

http://youtu.be/hAlLEv4GYj4

 


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