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Rosana Zan


Relações Públicas. Mestre em Turismo: Planejamento em Gestão Ambiental e Cultural pelo Centro Universitário Ibero-Americano/SP e mestre em Comunicação Social pela UMESP. Diretora da empresa RZ Consultoria em Comunicação, Patrocínio e Eventos. Atua há mais de 30 anos com comunicação empresarial e eventos. Na docência, a experiência inclui disciplinas ministradas nas áreas de Marketing, Eventos, Hotelaria e Turismo em cursos de graduação e pós-graduação. Atualmente é professora no curso de Pós-Graduação em Gestão de Marketing e Organização de Eventos da FAAP e instrutora da ABERJE/SP. É Diretora de Eventos e Negócios do CVB de São José dos Campos. Ministra palestras, cursos e treinamentos relacionados à comunicação de marketing, organização de eventos, captação de recursos e eventos como ferramenta comunicacional. Autora do Livro: “Patrocínio de eventos: a sinergia da comunicação integrada de marketing”.

Outras informações no site www.patrociniodeeventos.com.br.

 

Alguém ainda acredita que essa estratégia de comunicação por % funciona?

              Publicado em 25/03/2014
Infelizmente, nas práticas de patrocínio no Brasil encontramos de tudo. Infelizmente, porque a esteira de situações descabidas é longa. Todas relacionadas a ideias e conceitos que resultam em “estratégias” e ações de vendas que não geram benefícios reais, mas que são praticadas em nome do que alguém pensa ser patrocínio, ou pior, afirma ser patrocínio de resultado.
 
Uma delas é a prática relacionada às ofertas de contrapartida. Estou me referindo a aquelas propostas de patrocínio em que o valor de cada cota define a proporção/equivalência do tamanho do logo da marca patrocinadora. Por exemplo, uma denominada “cota prata” na qual um de seus itens de contrapartida oferece: A Logomarca estará nas peças de divulgação do evento, na proporção de 50% do tamanho escolhido.  Acho isso o fim, e explico o porque. 
 
Bem, primeiro que discordo dessa cultura ultrapassada de cotas, mas deixemos esse ponto para outro momento. O que estamos tratando aqui é sobre uma política que classifico como de desmerecimento. Lembremos que estamos falando daquilo que representa o bem mais valioso de uma empresa, então, como é possível pensarmos em uma negociação para parceria de resultado em comunicação, se de início já não valorizamos e respeitamos a marca patrocinadora – nossa parceira.  
 
Sinceramente, eu me pergunto ainda, qual profissional de Marketing aprova sua Marca como patrocinadora de um evento, com uma proposta desdenhosa como essa. Se eu, como proponente, já inicio o processo depreciando meu parceiro, como fica o futuro dessa relação? Se algum profissional de Marketing me disser que isso não faz diferença, e o que importa é simplesmente ter a logomarca nas peças de divulgação do evento, eu questionaria seus conceitos sobre comunicação efetiva. E mais, se configura a certeza de que sua empresa apenas patrocina por patrocinar, não mede o retorno do investimento.  
 
A questão é que hoje, o patrocínio de resultado envolve contrapartidas que permitam ações de relacionamento, pois estamos falando de comunicação entre marca e seu público. Se há tempos uma logomarca, em um banner de um evento, já se mostrava uma ação muito estática e de baixa memorização pelo público, imagine nos dias atuais em que somos bombardeados a cada segundo, por mensagens tentando nos envolver, clamando por nossa atenção e nossas respostas? 
 
Portanto meu caro leitor, já vai muito o tempo em que apenas o item “inserir o logo do patrocinador no banner do evento” poderia ser considerado uma contrapartida de comunicação para uma marca, em nome do patrocínio, quanto mais em 75%, 50%, 30%... de seu tamanho. Hoje, investir em patrocínio como estratégia de comunicação de marketing, que se relacione efetivamente com seu público através de um evento, equivale a ações de relacionamento, ativação e envolvimento. 
 
Negociar inserção de logo e ainda mais nesse formato de redução, é muita falta de criatividade, de percepção e entendimento do que é o patrocínio, e porque não, também desvalorização do produto que se tem em mãos – o evento. Mencionar quem patrocina, não é uma contrapartida negociável, é algo automático, obrigatório. O patrocínio não é barganha ou um toma lá, dá cá, é investimento que deve ser definido e planejado para resultar em parceria séria, com alcance dos objetivos afins. 
 

Portanto, quando o patrocínio é respeitado e tratado como ferramenta de comunicação de marketing por proponente e patrocinador, ambos têm consciência de que a marca e tudo o que ela representa não podem ser negociados em percentual de tamanho em um banner, mas sim, valorizada por meio de ações efetivas de relacionamento com o público, algo no mínimo, justo. 


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