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COLUNAS


Francisco Viana
viana@hermescomunicacao.com.br

Jornalista, Doutor em Filosofia Política (PUC-SP) e consultor de empresas.

 

007 e ambição de se recriar

              Publicado em 14/11/2012

O filme 007 é o espírito do tempo. A democracia e a imperativa necessidade de prestar contas à sociedade, com o fim da era dos espiões, a ascensão dos especialistas em computador, os populares nerds, capazes de fazer mais estragos em dia, munido somente de um computador, do que um agente de campo em um ano, e a busca da autenticidade, fazem parte da gramática de uma nova era. O que o gênio do diretor Sam Mendes comunica é que uma nova era está nascendo e que a era antiga, aquela que faz meio século agora com o filme protagonizado por Daniel Crieg, acabou. Foi reduzida a pó pelo tempo e passa, definitivamente, a ser história.

 
Penso que o comunicador precisa ver 007 com tais olhos. O começo de uma nova era é, na realidade, uma nova oportunidade. Caem velhos ícones, afloram novas vontades. Hoje, fica para trás um tempo em que o comunicador precisava  conhecer os jornalistas, conhecer de empresas e negócios, entender razoavelmente de economia. Nada disso deixou de ser necessário. A novidade é que, como Bond, James Bond para usar a linguagem cinematográfica, o comunicador precisa ser cada vez mais eclético. Ler a mídia internacional, conhecer os atores das novelas, entender de política e filosofia política como entende de cinema, gastronomia, moda e música. É imperativo escrever e interpretar a realidade nas suas múltiplas faces. 
 
Não é fácil, mas o mundo se expandiu. Exige que todos se reinventem, se harmonizem com um novo ciclo de conhecimento e atitudes que se insinua. Que se perguntem: como fazer melhor? Como acompanhar as tendências? Como utilizar melhor o tempo? É  se renovar e ser uma força natural ou se eclipsar.  E não se trata somente do plano pessoal. O ambiente político muda a cada dia. Com o julgamento do Mensalão, o recado é claro: a lei no Brasil está valendo e isso exige uma recriação dos hábitos políticos e empresarias, em paralelo. 
 
O Brasil tornou-se uma sociedade includente e isto muda tudo. Nasce uma nova classe média, as eleições revelam que o brasileiro incorporou o ato de votos aos seus hábitos, mas exige coerência dos candidatos e não apenas a ficha limpa. Tudo, absolutamente tudo, terá que mudar, que se recriar. Não basta falar, é necessário fazer. Não basta parecer, é imperativo ser. Esses são os ensinamentos que afloram de Operação Skyfall. Falta apenas conferir. Ver o filme, se divertir e refletir. 

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