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COLUNAS


Marcos Ernesto Rogatto
marcos@vistamultimidia.com.br

Jornalista e Mestre em Multimeios pela Unicamp. Trabalhou na TV Manchete, Revista Veja e TV Globo São Paulo. Foi diretor de Comunicação da Prefeitura de Campinas e colaborador da Gazeta Mercantil. Há 25 anos trabalha com vídeos e multimídias corporativas. Atualmente é Diretor da produtora Vista Multimídia e participa do Grupo de Estudos de Novas Narrativas/GENN.

Multimídias Corporativas

              Publicado em 22/05/2012
Em minha participação no Aberje Como, abordei as Multimídias Corporativas ou como transformar vídeos em produções mais dinâmicas e apropriadas aos novos tempos. Mas, afinal, que momento é esse e que demandas ele traz? 
 
Desde os velhos slides, largamente utilizados nos anos 70, as empresas procuram formas eficientes de se mostrarem aos diferentes públicos. O desenvolvimento tecnológico, os gadgets e os comportamentos advindos de cada momento influenciam a maneira como as companhias se comunicam. 
 
Nos anos 80, a novidade eram os vídeos. Realizados geralmente com uma voz grave, em off, diziam algo como: “Você vai conhecer agora a XXX, uma empresa reconhecida no mercado, que emprega XXX funcionários. Aqui servimos refeições balanceadas e cuidamos da segurança de todos, tanto é que estamos há XXX dias sem acidentes graves......”. Esse texto, recorrente, era uma herança do período em que pagar tributos e gerar empregos bastavam. 
 
À mídia vídeo, com seus Institucionais, Integrações e videojornais, se somaram a internet e a telefonia celular. Hoje, entre os aparelhos do momento, temos tablets e smartphones. Com eles, diferentes formas de acesso, novos padrões de navegabilidade e interatividade. Há intenso trânsito multimídia, com conteúdos migrando por vários suportes. Tudo muito curtido pela geração denominada de agnóstica da plataforma ou always on. 
 
As mudanças supõem que a comunicação organizacional agregue novas abordagens e meios interativos nas suas ações. E se engana quem acha que só as classes mais privilegiadas têm acesso às plataformas móveis. Afinal, o número de linhas celulares ativas no Brasil passou de 250 milhões. Em 26 unidades federativas o índice é superior a uma linha de celular por habitante. Temos 40 milhões de acessos móveis via celular e 10 milhões provenientes de modems 3G. 
 
Cada vez mais as empresas terão funcionários com vários celulares, chips e telas. Pessoas blogers, abertas às novas ideias e adeptas da interação. Para se comunicar com elas será preciso utilizar essas mesmas plataformas e, sobretudo, estar preparado para inovar nos conteúdos da comunicação. 
 
Por outro lado, temos significativo número de empresas insatisfeitas com a sua comunicação interna e algumas caminham para abolir parte das publicações a esse público - seja em função de cortes de custos ou da diminuição de descartes e da política de sustentabilidade. 
 
Nessas circunstâncias, como informar e qual formato utilizar? No caso do vídeo institucional, como contar a trajetória, patrimônio, política de RH, produtos, serviços, diferenciais e valor agregado em cinco minutos? Para realizar um vídeo são muitas as variáveis. Podemos ter apresentador(a), voz em off ou apenas imagens. Usarmos o “nós” ou a “empresa”. Ou trabalharmos apenas com depoimentos testemunhais que conduzam a narrativa e corroborem com a credibilidade do que se quer informar. Ou, mesmo, utilizarmos ficção, com atores e figurantes contando histórias. Algo como o storytelling com narrativas compartilhando conhecimentos, formato muito utilizado em vídeos de treinamentos. 
 
Nas locadoras alugamos um Blu-ray e podemos assistir ao filme na integra ou em partes. Podemos ver as cenas que não foram aproveitadas, saber mais sobre o diretor e os principais atores etc. Nas multimídias institucionais creio que também deva haver articulação com a rapidez dos novos tempos, bem como possibilidade de navegação e escolha. Agregar novos tópicos, estética diferenciada e interatividade em questões como balanço social, ativos intangíveis e responsabilidade sócio-ambiental. Afinal, a empresa tem uma trajetória a contar e deve partilhar isso em menus, divididos em tópicos de curta duração. 
 
Pesquisa DATABERJE, de 2007, mostrava os principais veículos de comunicação adotados pelas empresas: 22,6% Jornal; 18,9% Intranet e 15,2% Revista. Em relação ao item “outros veículos”, 15,9% delas afirmava fazer vídeos periódicos. Outra pesquisa mostrou que em 68% das empresas a Comunicação Interna faz parte de um Plano de Comunicação Integrada. Mas, 65% dos profissionais afirmam que ela não atende completamente às necessidades de informação dos funcionários. 
 
O competente “Manual de Políticas de Comunicação da Embrapa” enfatiza a comunicação interna e a define como uma relação que deve ser caracterizada pela transparência e pelo estímulo permanente à participação. Deve contribuir para o incremento dos fluxos de comunicação horizontal e vertical, estimulando a participação, a pluralidade de ideias e o espírito crítico, tornando os empregados como sujeitos e não como objetos do processo de comunicação. Quando uma empresa estimula processos de abertura ganha confiança e reciprocidade. 
 
Existe demanda por formas mais eficientes de se comunicar, vontade de mudar e necessidade de modernizar. Porém, a profusão de telas espalhadas pelas empresas e de tablets corporativos não significa modernidade nem melhoria da comunicação. A ela tem que se somar facilidade de acesso aos conteúdos, interação e participação. 

Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 3094

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