A inteligência Social no cotidiano
“Um colibri tentando andar de bicicleta”. Depois de ler e visualizar mentalmente a imagem, que sensação vem à cabeça:
1. Que maluquice?
2. Completo desatino;
3. Deixo o cérebro sonhar por alguns segundos;
4. Imagino o pequeno pássaro se equilibrando numa bicicleta alada;
5. Continuo a história, “e aí a coruja deu uma dica para o colibri (...)”
Se você é o tipo de pessoa que responderia 1 ou 2, sinto dizer que terá problema em entender a inteligência social do século atual. Se você ficou com os itens 3 ou 4, sua cognição está mais arejada e com um pouco de treino entenderá que a nuvem é você, que o PC, o Mac, o hardware genérico, ou mesmo o Sharepoint, o Oracle, ou qualquer outro software proprietário terão que conviver com as mídias sociais, que ganharão cada vez mais espaço no mundo corporativo. Agora, se você é uma pessoa criativa e foi direto para a resposta 5, parabéns! Seu espaço criativo e social está garantido.
“Acreditamos, como nos ensina o escritor Mia Couto, que todos sabemos o que é um rio. No entanto, essa definição é quase sempre redutora e falsa. Nenhum rio é apenas um curso de água, esgotável sob o prisma da hidrologia. Um rio é uma entidade vasta e múltipla. Compreende as margens, as áreas de inundação, as zonas de captação, a flora, a fauna, as relações ecológicas, os espíritos, as lendas, as histórias. É uma rede de entidades vivas, um assunto mais da Biologia que da Engenharia. Habituados a olhar as coisas como engenheiros, esquecemos que estamos perante um organismo que nasce, respira e vive de trocas com a vizinhança”.
Parafraseando Mia Couto, eu também, de vez em quando, afundo a minha canoa e me apresento como a da outra margem. Quando estou em ambientes demasiado acadêmicos, puxo do meu chapéu de Jornalista. Quando estou entre jornalistas que se levam muito a sério, rapidamente puxo do chapéu de professora. O que quero dizer é que precisamos ser múltiplos e transitar pelas áreas profissionais e sociais do nosso tempo. O grande mantra da sociedade atual é adquirir Inteligência Social e saber usá-la. São seis habilidades que devemos trabalhar diariamente: comunicação verbal, não verbal, assertiva, autoapresentação, feedback e empatia. Para a psicóloga carioca Mônica Portella, autora do livro “Estratégias de Treinamento em Habilidades Sociais (THS)”, melhorar nossas competências sociais é fundamental para se ter mais qualidade de vida”. A comunicação é o princípio de uma boa relação, mas para tanto precisamos ter um olhar 360 graus, ou seja, aprender a olhar o “rio”, além da visão da hidrologia.
“Principais tendências na computação já colocam em foco o PC e assumem uma perspectiva mais ampla que inclui smartphones, tablets e outros dispositivos de consumo”, diz Steve Kleynhans, vice-presidente de Pesquisa do Gartner. “Os novos serviços pessoais de cloud computing (computação em nuvem) vão tornar-se o elo entre os dispositivos usados pelos consumidores nos diferentes momentos de suas vidas", ressalta Kleynhans, explicando que por volta de 2014, nuvem pessoal vai liderar nova era de utilização do poder computacional.
“A palavra “pessoa” vem do latim persona. Esse termo tem a ver com máscara, tem a ver com teatro. Persona era o espaço que ficava entre a máscara e o rosto, o espaço onde a voz ganhava sonoridade e eco. Na sua origem, a palavra “pessoa” referia um vazio que era preenchido por um fingimento, o fingimento do ator que tenta convencer o espectador. (...) A própria noção de distância deixou de ser medida em termos de quilômetros. Queremos saber se para onde vamos há rede telefônica. O fim do mundo é onde não há cobertura de antena”, diz Mia Couto. Há milênios, os japoneses cultivam a filosofia wabi-sabi, que se expressa no ritual do chá, nos arranjos de ikebana e na estética baseada na aceitação da transcendência e do eternamente inacabado. O importante é aceitar que viver não se trata de atingir um objetivo, pois o que importa é o caminho.
Deixo algumas dicas para encher seu caminho de boas ideias e respiros criativos.
• O diretor Wim Wenders e Pina Bausch fizeram um documentário juntos, batizado de Pina, em homenagem a coreógrafa alemã que faleceu no início das filmagens. Pina é o primeiro filme de arte feito em 3D.
• A consultora norte-americana Susan Cain publicou o livro Quiet, The Power of Introverts in a World That Can´t Stop Talking. No livro ela mostra que a maior parte dos nerds, cientistas e criativos produzem melhor sozinhos. Aproveite sua solidão criativa.
• Assista o curta "O Fazendeiro do Ar" com Carlos Drummond de Andrade.
Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje
e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 2386
Outras colunas de Pollyana Ferrari
09/09/2015 - Outra cidade possível, outra comunicação possível
16/07/2015 - O reencantamento depende do quanto queremos ser encantados
05/06/2015 - Curadoria para uma sociedade "desbussolada"
06/05/2015 - Já pensou na sua TV como um APP?
01/04/2015 - Por uma ecologia social: olhar antropológico e sustentabilidade na mochila
O primeiro portal da Comunicação Empresarial Brasileira - Desde 1996
Sobre a Aberje |
Cursos |
Eventos |
Comitês |
Prêmio |
Associe-se |
Diretoria |
Fale conosco
Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial ©1967 Todos os direitos reservados.
Rua Amália de Noronha, 151 - 6º andar - São Paulo/SP - (11) 5627-9090