A metáfora da rede nunca foi tão relevante para descrever a comunicação humana, em geral, e a corporativa em particular. O desafio é que a rede precisa ser desvendada como tal e, mais importante ainda, os comunicadores precisam pensá-la com um mind set estratégico.
Todavia, o pensamento compartimentalizado e linear da comunicação corporativa predomina em oposição ao ambiente dinâmico, no qual os limites “dentro e fora” e “on-line e off-line” se fundem numa realidade interconectada.
O Canal não é a Rede!
Como antropólogo, costumo dizer que as redes sociais são sempre redes humanas, independe do canal que elas utilizam. Daí a importância de distinguir a comunicação em rede como um conceito mais abrangente do que o canal por meio do qual ela flui.
O advento das mídias sociais e o consequente empoderamento dos stakeholders demanda uma abordagem visual, quantitativa e qualitativa (com contexto e significado) das relações que se estabelecem. Esse enfoque se diferencia e complementa o social tracking tradicional, que costuma apresentar resultados como frequências de termos e indivíduos isoladamente.
Um breve infográfico sobre como enxergar as redes de comunicação nas mídias sociais
Clique na imagem para vê-la ampliada.
Esse infográfico sintetiza a rede de comunicação em torno do termo Aberje, no Twitter, no período de 28 de agosto a 03 de setembro de 2013.
Trata-se de uma rede com apenas 52 usuários que mencionaram o termo Aberje e impactaram diretamente a outros 70.843, sendo uma rede eficiente em termos de difusão.
Caracterizamos essa rede dentro do arquétipo “Estrela”, na qual existe um usuário central (@aberje) que é mencionado pelo restante da rede, localizada na periferia. Todavia, destaca-se uma pequena “comunidade de prática”, constituída por seis usuários que, além de mencionar a “Aberje”, dialogam entre si. Nesse grupo temos um usuário em particular (@pluraleemsite), que atua como influenciador local (hub).
Essa breve análise da estrutura das relações fornece uma visão tangível da rede de comunicação em um canal em particular (Twitter), identificando o tipo de rede construída, seu alcance, bem como seus influenciadores, a quem eles influenciam e que grupos representam.
Dessa vez focamos na estrutura da comunicação. Fica para o próximo post a análise e contextualização do conteúdo que flui por meio dela.
Até a próxima!