Se a primeira resposta que vem à sua cabeça é um sonoro ‘não’, minha sugestão é que você, comunicador de carteirinha, não apenas leia as dicas que seguem, mas procure convencer seus líderes a mover definitivamente sua empresa do século passado para essa nova era, em que tudo o que se faz, vende, compra e influencia está na Internet.

Se você é daqueles que está convencido de que sua empresa já faz parte do grupo de elite que implementou ferramentas eletrônicas e de redes sociais e consegue administrá-las de maneira adequada, além dos merecidos cumprimentos, sugiro que também leia o resto do artigo. Pois nessa nova era, você vai descobrir que sempre há algo mais a fazer, a aprimorar ou substituir.

Essa é a regra: não há regras! Pelo menos não há regras rígidas e padrões de comportamento já estabelecidos. A melhor parte dessa história toda reside no fato de que com disposição e uma pitada de criatividade você pode transpor as barreiras do tempo e principalmente a resistência e o conservadorismo que pairam sobre a maior parte das empresas, de qualquer tamanho ou origem.

Portanto, aqui vão algumas sugestões. Para os que entendem do segmento digital, mas que reconhecem a importância de se rever conceitos e aprimorar conhecimentos, para os que precisam provar o valor do meio à sua organização e principalmente para os que não fazem a menor idéia de por onde começar. Fica um alerta: são sugestões com base única e exclusiva em minha própria experiência. Para se aprofundar em cada um dos temas estude, busque, discuta e ouça outras experiências e materiais que só o meio digital pode nos proporcionar.


Buscar o básico

Você já digitou o seu nome em um mecanismo de busca na Internet? E o de sua empresa? Qual foi o retorno? Se você encontrou resultados positivos e logo na primeira página, saiba que isso não aconteceu por acaso. E os atributos de sua marca? Digite palavras que seguramente você gostaria que estivessem ligadas à sua empresa. Pode viajar! Você não vai pagar nada por isso e vai perceber que muitas das expressões que usa para identificar a essência de sua marca nem chegam a aparecer na quinta página de resultados. Principalmente se esses atributos são tão comuns quanto: qualidade, tradição, tecnologia, atendimento e tantos outros clichês do universo corporativo.

Reputação é o nome do jogo. Se sua empresa não está na primeira página, se está, mas de forma negativa (reclamações, críticas, más notícias), ou se nem apareceu quando você digitou os atributos individuais, específicos e tão inerentes à sua marca é porque a reputação de sua empresa não condiz com o que você imagina ou trabalha tanto para alcançar. É preciso mudar o jogo. O www.sitedasuamarca.com.br não conseguirá construir essa reputação sozinho.


Comparar

Já que falei nisso, como é o site de sua empresa? Qual a presença dela nas redes sociais?

Comparação com a concorrência é saudável. Tráfego, acessibilidade, volume de menções. Que características tornam o site da concorrência melhor do que o de sua empresa? Por que se fala tanto da concorrência no Twitter, no Facebook e em outras redes?

Estude cases de outras empresas, mas não copie. Não tente fazer igual. No mundo digital vale a pena ser autêntico.


Entender

Procure entender como seu cliente (consumidor ou empresário) se relaciona com sua marca no meio digital. O que estão falando? O que estão buscando? Exponha essas informações para os executivos de sua empresa. Eles precisam entender que existe muita coisa acontecendo ao redor de sua marca que foge aos tradicionais almoços, eventos e reuniões. A decisão nunca é entrar ou não no mundo digital. Acredite. Queira ou não, sua marca está lá. Resta aproveitar os espaços para gerenciar sua reputação, se relacionar melhor com clientes, reforçar atributos únicos de sua marca.

Pesquise e entenda os números da área digital. Você tem acesso a tudo isso. Existem inúmeras ferramentas de avaliação, gratuitas e pagas. Mas não se engane. Números sem uma avaliação criteriosa da qualidade da informação que está sendo divulgada não valem nada. Não esqueça de fechar com a pergunta (e as respostas, é claro): de que forma nossa empresa pode aproveitar essa oportunidade?


Começar pequeno

Nada de grande planos e milhões de idéias. Você não terá tempo, recursos e o investimento necessário para fazer tudo de uma só vez. Comece pequeno. Poucas ações que podem gerar um grande resultado ajudam a alimentar a ansiedade e garantem investimentos futuros na área. Internet não é um projeto. Tem começo, mas não tem meio e nem fim.