A organização necessária
A comunicação lembra uma orquestra de jazz: é democrática, é trabalho de equipe, exige criatividade. Mas, geralmente, se esquece um detalhe: a organização. Confunde-se o método com o improviso: eis o grande erro. Método é método, improviso é improviso.
Para ser um comunicador de qualidade – independente do sexo, que fique claro - , antes de tudo é necessário ter uma agenda com os compromissos atualizados. Não se deve confiar na memória. Conheço iniciantes que nunca sabem por onde devem começar o terminar o dia. Pessoalmente, leio e releio minha agenda várias vezes. Tenho listas intermináveis de pendências e, ao final do dia, faço um balanço do que foi feito e o que falta fazer. Nada mais irritante do que um profissional com quem o assessorado precisa repetir uma mesma informação ou pedido várias vezes. Terrível. Quando se antecipa, o comunicador é credor do assessorado; caso contrário é devedor. Sempre.
Outra necessidade é o vestuário. Realmente, a primeira impressão é a que fica. É algo como a mulher de César: não é preciso apenas ser, mas parecer ser. O comunicador precisa ser impecável no vestir. Por mais descontraído que seja o ambiente, o comunicador precisa exibir boa aparência, ter rigor nas cores, na escolha dos trajes, no modo de se apresentar. Precisa falar português correto, infenso a gírias ou palavrões, precisa, enfim, treinar a voz, se necessário fazer um trabalho com uma fonoaudióloga para corrigir excessos ou carências. O ponto de equilíbrio precisa ser uma meta permanente. Em ambientes sociais, beber com parcimônia, comer com elegância, exibir bom gosto.
Arquivos, endereços úteis, informações chave sobre os assessorados são tão importantes quanto estar atualizado nas notícias, nas músicas, no teatro, esportes e no cinema. Dizer, simplesmente, eu não sei é muito fácil, recomenda mal. Procurar informar-se, inteirar-se dos fatos exige disciplinar e rigor, isso sim é difícil, mas gratificante. Assim como se deve consultar a agenda no decorrer do dia, é imprescindível ver sites de informação, checar os acontecimentos. Nunca cultuar o excesso de informação, mas manter-se atualizado.
São coisas que geralmente se esquece de ensinar nas faculdades. Mas que não podem, nem devem, ser relegadas a plano secundária. Passou o tempo do gênio desorganizado e mal vestido, do profissional inteligente e perspicaz, mas que não cumpria horários, que estava sempre desligado do mundo. Cumprir horários e prazos é fundamental. Há muito que se aprender com a música e com o teatro. Há muito que aprender com os estilistas e com a gastronomia. Não se deve ceder à tentação do improviso.
Agora mesmo estou lendo um livro saboroso: Amo Paris, de Alain Duchesse(Editora Senac, São Paulo). Soberbo. Texto e fotos. Uma autêntica viagem na imaginação. Por que não lê-lo com o mesmo prazer de ouvir uma orquestra de jazz ou de trabalhar? Por que não se acreditar que o aprendizado se sedimenta no dia a dia e que nós, todos, precisamos estar em constante evolução? Um bom caminho é fazer um roteiro com pontos fortes e pontos fracos. Elaborar um plano de comunicação para si mesmo e cumpri-lo.
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