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Francisco Viana
viana@hermescomunicacao.com.br

Jornalista, Doutor em Filosofia Política (PUC-SP) e consultor de empresas.

 

Diálogo, antídoto para as crises

              Publicado em 12/04/2011

O diálogo é o melhor antídoto contra as situações de crise –o melhor seria dizer a doença das crises. Não o diálogo passivo, mas o diálogo ativo em que se ganha, se perde, se cede, se conquista a confiança. O diálogo em que as mudanças acontecem. Não ficam na retórica ou no desejo.
 
Porém, o mais eficaz ainda é algo nasce e deve ser cultivado a partir do diálogo: o relacionamento. A falta de diálogo desagrega, dispersa e fragmenta a imagem-reputação-identidade da organização em situações em que sua credibilidade se torna frágil ou vulnerável.
 
Na realidade, o diálogo é difícil porque implica em mudança. Implica em rever a gestão, rever lucros, rever políticas públicas. Significa democratizar, de fato, o capital e valorizar o trabalho.
 
A verdade é: o estilo low profile é coisa do passado. Não basta apenas falar em diálogo. É preciso realizá-lo. O mal exemplo mimetiza o mal exemplo. O bom exemplo constrói.
 
Por isso, não basta enfrentar as crises com os manuais em punho. Eles são importante, mas insuficientes e como são! Melhor do que os manuais é ler – e práticar –a Ética a Nicômaco, de Aristóteles.

A arte da prudência aristotélica é inspiradora: aproximar-se das virtudes, nunca dos vícios. Na Política, Aristóteles escreveu que, nos momentos de crise, as massas passam por cima das leis. Esse o risco latente, essa a matéria em potência aristotélica.

É assim que nascem as crises hoje: as leis se tornam anti-sociedade.
 
Gerir e prevenir crises, portanto, é trabalhar com a realidade usando lente e lupa. A lente para ver os fatos, a lupa para escrutinar conceitos e conexões com a história. Fazer diferente é suicidar-se.
 
Leituras recomendadas: Aristóteles, Ética a Nicômaco e Política. Vale à pena ler ainda Aristóteles, de Werner Jeager( México, Fundo de Cultura Económica, 2002, com introdução do autor).


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