Dever diário: apreciar a trajetória de nomes interessantes de nossa Comunicação
O título “Valquírias Midiáticas” é provocador, instigante, algo diferente dentro de uma prateleira com títulos fáceis de pronunciar e com capas “bonitinhas” e alegres. Como frisa Antonio Hohlfeldt, no prefácio, muito bem escrito, “o nome remetia à literatura de consumo de massa. Em princípio, nada contra, dependendo do enfoque que assumisse”.
Organizada por José Marques de Melo e por Francisco Assis, a obra lançada pela Arte & Ciência Editora traz detalhes de sete amazonas, “ícones da vanguarda brasileira no campo da comunicação”. É uma oportunidade, então, para ler, curtir e descobrir a trajetória (principalmente, métodos) de quem contribuiu, de certa forma, para os avanços comunicacionais.
Em seu texto, publicado logo no início, Marques de Melo reforça a importância dos nomes escolhidos: “walkyrias são divindades que, na mitologia nórdica, atuam como mensageiras do deus da guerra e da sabedoria”.
Nas páginas, Maria Isabel Amphilo fala sobre Adísia Sá; Walter Alberto de Luca apresenta Anamaria Fadul; André Giulliano Mazini mostra a relevância de Cremilda Medina; Lidiane Diniz traz informações essenciais de Lucia Santaella; Francisco de Assis traça as contribuições de Maria Immacolata Vassallo de Lopes; Marcelo Volpato aborda Sonia Virgínia Moreira; e Francisco de Assis comenta Zélia Leal Adghirni.
Mais adiante, na introdução, Marques de Melo complementa: “é, portanto, na acepção amazônica que as Valquírias da era digital ganham vida nova neste livro, protagonizando papéis como mensageiras dos meios de comunicação e/ou perfilando ações como mediadoras entre eles e a academia”.
No perfil de Adísia Sá (A Indignação como artefato comunicacional), Maria Isabel Amphilo recorre à ciência para desvendar como esta jornalista construía a mensagem: “tinha uma visão crítica da realidade e em sua mente ecoava sempre a pergunta fundamental da Filosofia: “Por quê?”.
“Minhas lembranças desse ícone cearense datam dos tempos em que estudava jornalismo no Recife, no início dos anos 60, quando Luiz Beltrão falava aos seus alunos sobre os progressos do estudo do jornalismo no Brasil, destacando o pioneirismo de Adísia Sá”, assinala Marques de Melo.
Em um outro capítulo, Marcelo Volpato desvenda Sonia Virgínia Moreira, que “esteve atenta e aberta aos diversos segmentos da comunicação, transitando por questões do jornalismo, do ensino da profissão e da comunicação internacional”.
“Recordo vagamente que sua potencialidade como pesquisadora me foi despertada ao tomar conhecimento de sua premiação por fundações de incentivo à cultura”, compartilha Marques de Melo.
Em todos os aspectos, “Valquírias Midiáticas” é, portanto, uma obra para se degustar e apreciar a trajetória de nomes interessantes de nossa Comunicação. É a reflexão mais pura e sincera de que só temos resultados importantes quando estamos profundamente engajados e aptos a interagir, em qualquer esfera, em qualquer seara. Este é (ou, deveria ser) o dever diário de todos nós comunicadores, em qualquer âmbito, haja o que houver.
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