Por algum tempo, de 2005 a 2006, tivemos uma febre de podcast no Brasil. Várias empresas e geeks, na maioria das vezes sem objetivos pré-definidos, investiram na utilização desta tecnologia como uma forma de promover ideias e marcas. Algumas iniciativas tiveram êxito, mas a maioria delas falhou.
 
Um dos sobreviventes dessa época foi o podcast da Amil. O Pod Ter Saúde (em referência a "você pode ser saudável") é um bom exemplo de como combinar marca, entretenimento e informação. Toda semana, o podcast entrevista especialistas sobre diversos aspectos da saúde.
 
Um episódio recente, por exemplo, apresenta o estudo da depressão pós-parto. Outro reforça os riscos à saúde com mudanças bruscas no tempo.
 
A persistência de empresas como Amil e a melhoria das tecnologias têm estimulado as empresas a investir em podcasts. Muitos especialistas consideram este novo período como um grande renascimento. Muito mais simples de fazer, as empresas investem menos para oferecer ainda mais recursos para os ouvintes.
 
Na mesma linha da Amil, o banco Itaú tem um podcast com dicas financeiras. Um dos episódios, por exemplo, fala sobre a importância de diversificar seus investimentos. Outro ajuda a desmistificar o mercado de ações.
 
Uma página dedicada a esta ferramenta traz a programação dos podcasts da semana e vai além: se você preferir, pode ver as dicas em vídeos e enviar perguntas aos podcasters.
 
Trata-se de uma abordagem que é realmente necessária hoje em dia: interatividade para atender às necessidades dos ouvintes.
 
Nos últimos anos, o rádio tem aprendido muito bem a como fazer isso. O podcast, para nossa sorte, parece seguir o mesmo caminho.

 
Nota: o artigo foi publicado originalmente em inglês no blog do PR sueco Jerry Silfwer.