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COLUNAS


Carlos Parente


Graduado em Administração de Empresas pela UFBA, com MBA em Marketing pela FEA USP, possui um sólido histórico de experiência em Comunicação Corporativa e Marketing, com participações e lideranças em processos de comunicação estratégica, inclusive internacionais. Também atua como professor de Comunicação e Responsabilidade Corporativa e de Marketing no MBA de Marketing da FGV, e nos cursos de pós-graduação da ESPM e Anhembi Morumbi. Publicou o livro Obrigado, Van Gogh, sobre comunicação empresarial, pela Editora Peirópolis.

O DNA da Comunicação

              Publicado em 09/12/2010

Vamos falar de resultados? Vamos falar de negócios? Vamos falar de valor percebido da marca? Então vamos falar de comunicação, que está ao redor de tudo.

Vivemos em um mundo que já não aceita rótulos pré-definidos. O que é bom agora pode não ser bom quando você terminar de ler esse texto. Basta um comentário infeliz cair no Twitter, a coisa espalhar-se e... pronto! Está pronto um suco de torpedo para provocar uma imagem dizimada.

As alternativas e tecnologias de comunicação multiplicam-se velozmente e novas mídias surgem com frequência. Assim, cada vez mais a comunicação torna-se um fundamento estratégico, imprescindível para qualquer empresa navegar nas águas do agitado oceano corporativo.

Nesse sentido, é fundamental, para a empresa, estabelecer canais de relacionamento com todos os públicos com os quais têm envolvimento – os chamados stakeholders. É preciso estar atento a tudo, de forma integrada e abrangente.

No dia a dia, relações saudáveis e sustentáveis representam um dos fatores para que uma empresa atinja seus objetivos e tenha sucesso.

E, dentre os diversos stakeholders, é essencial estabelecer quem são os públicos realmente estratégicos, aqueles que são potenciais parceiros na realização de negócios e/ou na disseminação de crenças e valores.

Mas a comunicação só tem sentido se estiver a favor de um direcionamento mais amplo. Seja o foco no desenvolvimento sustentável ou na reconfiguração do universo.

Vamos abordar agora alguns elementos que são vitais ao DNA da comunicação.

Alinhamento a uma causa, a valores, a crenças...

Nenhuma comunicação será realmente eficaz se não estiver imbuída de convicção. E convicção não é artigo que se compra em feira ou se encomenda, ela vem dos Valores, da Missão, da Visão e do posicionamento de uma empresa.

Se você consegue transmitir seus ideais, seus valores, suas crenças, é mais difícil sua imagem ser construída de forma distorcida ou negativa. Pelo contrário. Sua imagem será consolidada.


Ser sustentável...

 
A comunicação pode simplesmente transmitir fatos e dados. Ou pode estimular a reflexão, o diálogo, o debate e a busca de mais conhecimento.

A inserção da sustentabilidade no dia a dia é um bom estudo de caso, no qual poderíamos falar horas e horas. Há estudiosos, curiosos e entusiastas que ainda discutem, hoje em dia, a sustentabilidade como diferencial nos negócios. No entanto, o que se percebe, no universo corporativo, é que cada vez mais a sustentabilidade está presente no posicionamento, nas estratégias, nas operações e no dia a dia das empresas. Atualmente, trilhar pelo caminho do desenvolvimento sustentável é mais do que um diferencial, é quase um imperativo, ante a postura crescentemente crítica da sociedade e a evolução da percepção sobre a importância do assunto.

Mesmo com esse grande movimento a favor, a persistência no processo de disseminação dos conceitos e das práticas sustentáveis é que pode fazer a diferença para que o desenvolvimento sustentável esteja na pauta e nos corações de todos. Para as empresas, a grande questão é como disseminar os conceitos e as práticas entre todos os seus stakeholders e, por consequência, contribuir para a mobilização da sociedade para o caminho da sustentabilidade. É preciso que, no trato diário, os temas ligados à sustentabilidade ganhem mais e mais capilaridade, num fluxo contínuo que vai envolvendo mais e mais pessoas, empresas, entidades e instituições diversas.


Credibilidade, transparência...

A comunicação é frequentemente apontada como a responsável por garantir a disseminação das informações, iniciativas e objetivos da empresa a todos os seus públicos. Essa é a parte aparente do processo.

Mas, para haver esse fluxo, é necessário criar uma relação de confiança entre quem fala e quem ouve. Credibilidade é um fator essencial ao processo de comunicação. Parece óbvio, mas é justamente na dissonância entre o que se fala e o que se pratica que muitas relações naufragam. E o resgate, quando ocorrem eventuais escorregões, pode ser bastante difícil e arriscado.

Esse tesouro – a credibilidade – está intimamente ligado a outro item muito importante, a transparência. Ser transparente não é apenas um objetivo a ser perseguido, mas um comportamento que se manifesta no cotidiano.


Relevância...

A informação precisa ser relevante para quem a recebe.

A partir desse princípio é que se define que papel os veículos e as ações de comunicação devem cumprir.

Uma comunicação é relevante quando nos induz a pensar, a elucubrar, a sonhar, a questionar, a planejar... E não é simplesmente mastigada, digerida e descartada ou enlatada.

No liquidificador de informações que recebemos diariamente, aquilo que nos é relevante sempre salta aos olhos.


Significado...

Esse é outro ponto crítico. Porque é no oculto do aparente – no significado contido em todas as mensagens, eletrônicas ou impressas – que os públicos de relacionamento conseguem ler a “alma” de uma empresa.

A forma também contribui na criação do significado, porém, é no conteúdo que esse se apresenta de maneira mais evidente. E o valor agregado de tudo aquilo que tencionamos passar numa comunicação pode gerar três resultados: conhecimento, atitude e ação. Afinal, só nos ligamos a uma empresa, produto ou marca, se percebemos a existência de um significado.

Esse rol de requisitos do DNA da comunicação não se esgota aqui. É apenas para aguçar o apetite. Esprema as suas experiências e as suas divagações e acharás mais.

O que interessa é que, quando todos esses elementos permeiam as ações da comunicação, um valor é criado. Ao falar para as pessoas, esse valor é percebido. E relações são construídas em bases muito mais sólidas. Forma-se assim um círculo virtuoso – o que é bom para todas as partes. “Ganha – ganha – ganha”...
Já ouviu falar disso?


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