Muito se tem falado sobre comunicação digital e suas particularidades e tendências. Pouco, no entanto, discute-se a base, ou seja, o próprio leitor em seu papel de compartilhar e propagar informações, constituindo redes e as incrementando. Trata-se de um ponto fundamental para estudar e analisar as frequentes transformações sociais e econômicas.

Regina Pitoscia, diretora de comunicação corporativa do Grupo Carrefour, defendeu, durante a palestra “Uso Corporativo das Novas Ferramentas de Comunicação Digital”, ministrada no Congresso Mega Brasil de Comunicação 2010, que o consumidor sempre foi interativo, mas não tinha o canal adequado para promover as ações.

A profissional acrescentou que, com as social medias, os leitores podem se manifestar de forma mais ampla, trocando experiências e impressões. “Não há filtro”, resumiu, comparando com as mídias tradicionais.

Isso ocorre, de acordo com Regina, principalmente, porque o ambiente virtual proporciona maior profundidade, velocidade e interatividade. “As empresas não podem simplesmente ignorar as novas mídias; precisam estar atentas”, pontuou.

Trata-se de um olhar interessante, que reforça a importância do leitor, colocando-o como centro das atenções. Cada vez mais interativos, cada vez mais personagens, os usuários de ambientes virtuais têm a palavra que propaga como eco, de forma efetiva e consolidada.

É, em todos os aspectos, o poder de corroboração acentuado. Marcas são construídas, ignoradas ou reformuladas. Movimentos contínuos de promoções povoam páginas como nunca antes na história digital, iniciativas criativas brotam minuto a minuto e a velocidade é repensada e remodelada.

Todo e qualquer plano é medido e acompanhado em tempo real. Não se pode pensar em anos, o momento exige dias e horas. É a mudança de comportamento do receptor da notícia, que agora age com interatividade constante e propriedade sem igual. Ponto positivo para quem busca a essência. A revolução digital já começou!