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Rozália Del Gáudio
rozalia.delgaudio@uol.com.br

Doutora em Ciências Sociais pela Universidade de Paris I, Panthéon Sorbonne (2004), onde também obteve o Master em Sociologia e Antropologia (2001);  mestre em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2000), graduada em Comunicação Social, opção Jornalismo, também pela UFMG (1993). Certificada em Gestão da Reputação pelo Reputation Institute (2012). Atua em Comunicação Empresarial desde 1993, tendo trabalhado em empresas como Alcan (atual Novelis), Acesita (atual Aperam), Vale e Grupo Votorantim. Atualmente é gerente de Comunicação Corporativa da C&A no Brasil e professora no MBA de Gestão da Comunicação da ABERJE/ESEG. 

Interrogações ou exclamações: qual a sua escolha na relação com o poder?

              Publicado em 11/03/2010

Um dos riscos à carreira de um comunicador é, ao buscar ser estratégico e estar próximo ao poder nas organizações, confundir-se com esse poder, conformando-se em ser apenas a voz (acrítica e unidirecional) das decisões. Permanecer na platéia, aplaudindo decisões, ao invés de ativamente contribuir para outras possibilidades e olhares. Ou, no popular, dar-se por satisfeito com o papel de “menino de recados”.
 
Se nos acomodamos, buscando responder apenas à demanda dos nossos dirigentes, perdemos a parte mais rica da nossa função, que é a de propor ações e iniciativas, tendo consciência e considerando diferentes óticas: a de incitar...  a de “cutucar”... a de trabalhar - de fato - a comunicação como uma força estratégica e transformadora.
 
É nosso papel compreender as estratégias empresariais, desdobrá-las em mensagens e conteúdos adaptados aos diferentes públicos, dar voz e colaborar para maior clareza das decisões tomadas. Entretanto, não podemos, nunca, esquecer que também temos a obrigação de ouvir diferentes vozes, entender os diferentes cenários e considerar que lidamos com diversidades – cada vez maiores e complexas.
 
Claro que ninguém gosta de ser portador de más notícias ou de ser taxado de pessimista – ou pior, ainda, de refratário. Mas, como ignorar interfaces, responsabilidades, interdependências e relacionamentos que afetam a vida organizacional? Se não formos nós, críticos e inovadores no olhar, trazendo para a vida organizacional alguns pontos de interrogação, quem o fará?
 
A proximidade com o poder seduz. Reluz. E pode distorcer nossa percepção.  Só que, como tudo o que brilha, o poder é fugaz.  O que fica, depois de sua passagem, pode ser o gosto de dever cumprido ou uma amarga ressaca.  
 
Que tal sermos, no nosso ambiente profissional e na relação com o poder, mais pontos de interrogação – questionando, propondo, buscando novos olhares - e menos de exclamação?
 


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