Novas Tecnologias para a Comunicação
A presença de telefonia celular embutida em quase todos os novos aparelhos como net e notebooks, e-readers e MIDs foi uma das tendências apontadas na Consumer Eletronics Show (CES-2010), realizada em janeiro nos Estados Unidos.
Aos recentes avanços da TV digital e dos monitores iluminados por LCD (liquid crystal display) se somou a TV-3D, apresentada na feira. Outra novidade do mega evento foram os tablets com seus excelentes recursos de navegabilidade. Essas “tábuas” de inovação juntam as funções dos computadores e dos smartphones em uma amigável plataforma.
Bem mais do que moda tecnológica os dispositivos móveis vem ao encontro do volumoso aumento do tráfego de dados e da necessidade de informar e compartilhar conhecimento. Estudo recente, do Morgan Stanley, mostra que o tráfego de dados nas redes móveis, deve crescer mais de 50 vezes até 2013. E esses novos aparelhos podem facilitar a vida de quem quer aprimorar a comunicação.
Poucos dias depois da CES a Apple anunciou a chegada ao mercado do iPad, seu primeiro computador em formato de prancheta digital. O produto une computador, videogame, tocador de música e vídeo e, ainda, leitor de livro digital (a mesma função do exitoso Kindle, da Amazon)
Com o jeitão do iPhone - que se torna modelo padrão no mercado global - os novos gadgets em suas telas móveis, possibilidade de ler livros, ouvir música, jogar games, navegar na Web, assistir vídeos, “blogar” ou “twittar”, fornecem interatividade jamais vista. E tudo isso com mobilidade, sem cordão umbilical, apenas com conexões Bluetooth. Os tablets, de maneira geral, acenam para uma bem sucedida transposição do impresso para o eletrônico ao prover interação. Com dedo na tela pode-se “folhear” e mover páginas com certa sensação tátil e visual. Mas, as vantagens também estão na velocidade de acesso, personalização e interação permitidas.
Junto a essas novidades tecnológicas aumenta a percepção de que é preciso agregar novas abordagens e meios interativos nas ações da comunicação organizacional. Ao menos para os trabalhadores que têm acesso a essas tecnologias (já são 178 milhões de aparelhos celulares no país e quase 68 milhões os internautas brasileiros) os novos aparelhos e formas de acesso geram outros padrões de navegabilidade e interatividade. Esses fatores, se bem utilizados, podem ser trunfos na melhoria da audiência interna e da comunicação organizacional.
Hoje quase todo produto cultural ou de entretenimento tem intenso trânsito multimídia, com seus conteúdos migrando entre vários suportes. O livro vira cinema, DVDs, BluRays, jogos, CDs áudio, HQs, nova versão de livros etc. Quem gosta de um produto quer desfrutar de seu convívio nos diferentes suportes mediáticos para reiterar a experiência de seu convívio nas diferentes mídias. O jornalista David Denby, da The New Yorker, cunhou o termo agnóstico da plataforma, para a geração que não vê diferença em assistir a um vídeo / filme no cinema, na TV, tela do computador ou no celular.
Claro que nas demandas hi-tech não basta apenas tecnologia. A profusão de telas espalhadas pelas empresas não significa modernidade nem melhoria da comunicação. A ela tem que se somar facilidade de acesso aos conteúdos e a criação da tal mão dupla. Só assim haverá interação, participação e audiência.
Como um significativo número de empresas brasileiras não está satisfeita com a sua comunicação e algumas caminham para abolir parte das publicações internas - seja em função de cortes de custos ou da diminuição de descartes e / ou da política de sustentabilidade - é certo que é preciso viabilizar outros meios e formas de se comunicar.
Cada vez mais as empresas terão funcionários blogers, com grande adesão às redes sociais, abertos às novas idéias e adeptos da interação. Para se comunicar com eles é preciso conhecer as novas plataformas e o que vem por ai. E, sobretudo, estar preparado para inovar nos meios e nos conteúdos da comunicação.
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