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Ivone de Lourdes Oliveira
ivone@pucminas.br

*Colaboração do Grupo de Pesquisa: “Comunicação no contexto organizacional: aspectos teóricos e conceituais”, CNPq/PUC Minas.

Doutora em Comunicação e Cultura (UFRJ) e pós-Doutora em Comunicação pela Université de Toulose III. Diretora e professora do mestrado da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas. Vice-diretora da Abrapcorp. Coautora do livro “O que é comunicação estratégica nas organizações?” e coorganizadora dos livros “Interfaces e tendências da comunicação no contexto organizacional”, “Propostas conceituais para a comunicação no contexto organizacional”, “Redes sociais, Comunicação, Organizações” e “Comunicação, Discurso, Organizações”. Personalidade do ano no Prêmio ABERJE 2006 em Comunicação Empresarial - Regional MG.



 

Internet e os Líderes de Opinião

              Publicado em 26/02/2010

Como a Internet e as redes virtuais estão mudando o tradicional conceito de “formadores de opinião” e influenciando as percepções sobre as organizações


As opiniões positivas ou negativas são formadas a partir de experiências de relacionamento e comportamento das organizações com seus grupos de interesse, assim como outras fontes de informação disponíveis.

Os líderes de opinião, especialmente os jornalistas, são ainda considerados pelas organizações como um elo comunicativo fundamental, que influencia a formação de um conceito sobre as organizações, seu desempenho e sua reputação. Nos dias de hoje quando falamos em “líderes de opinião”, sobre quem exatamente estamos falando?

O conceito de líder de opinião, presente nas teorias dos efeitos da comunicação de massa dos anos de 1940/50, se fundamenta no pressuposto central  Two Step Flow, o qual significa que as opiniões são formadas em dois níveis. O primeiro se constitui pelos meios de comunicação, entendidos como um núcleo central formador  de opinião de elites, setores da população mais escolarizados,  indivíduos mais bem informados e dos próprios detentores da informação. A opinião desses líderes “desceria” como um poder de formação e influência  de opinião do segundo nível – que é o público em geral, os setores menos informados.

A revisão desse conceito diante da ascensão da internet é extremamente essencial por se tratar de um espaço de conexão de pessoas, idéias e partilha de opiniões. Nesta perspectiva, as bases sobre as quais se sustenta a plataforma de opinião sobre uma organização são configuradas por uma intensa troca comunicativa, que já não mais se estabelece em sentidos verticalizados, mas sim por intermédio de fluxos de intensa troca e formação de opiniões dos diversos públicos, que nos desafiam em direção, diversidade de conteúdos, velocidade e capacidade de resposta.

No cenário virtual, debates são travados em um abundante número de fóruns e blogs das redes de relacionamento, imagens são produzidas e distribuídas ao infinito em sites como o YouTube. Em cada um desses fluxos de conexão, encontra-se uma pluralidade de formadores de opinião, que buscam conectar-se a outros tantos, com os quais podem partilhar percepções, agregar ou denunciar suas experiências sobre produtos e serviços, inovação, cidadania ou qualquer uma das dimensões pertinentes à vida das organizações.

A relevância e o poder dessas redes virtuais são dados pelos próprios usuários, a partir do seu conteúdo que, por sua vez pode ser mensurado pelo número de acessos, de links que direcionam o debate, e os sentidos que vão se construindo de maneira criativa e veloz.

O surgimento desse novo perfil de formador de opinião deve ser considerado na sua potencialidade de construção e monitoramento dos relacionamentos com os grupos de interesse. Se por um lado, se configura o fim de um conceito, o clássico “líder de opinião”, por outro se avizinha o nascimento de um vasto campo de formação de opinião que precisa ser pesquisado e compreendido pelas organizações.
 

Lucia Lamounier Senra é mestre em Comunicação pela UFMG, professora de Teorias e técnicas de pesquisa de opinião do Curso de Comunicação Social da Faculdade de Comunicações e Artes da PUC-Minas. È membro do Grupo de Pesquisa “Comunicação no contexto organizacional: aspectos teórico-conceituais (CNPq/PUC Minas). E-mail:

Ao receber o convite da Aberje para assumir mensalmente esta coluna no seu site, propus a ampliação de participação com os meus colegas do Grupo de Pesquisa, “Comunicação no contexto organizacional: aspectos teóricos conceituais”, PUC-Minas/CNPq. O diálogo aberto permite a troca reflexões  e estabelecer um vínculo mais próximo com o mundo profissional..   Vamos trazer mensalmente assuntos relacionados a comunicação no contexto organizacional, e desejamos receber opiniões de nossos leitores.

Ivone de Lourdes Oliveira
 


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 2438

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