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COLUNAS


Pollyana Ferrari


Pollyana Ferrari é escritora e pesquisadora em Comunicação Digital. Professora de hipermídia e narrativas transmídias nos cursos Comunicação e Multimeios, Jornalismo e na Pós-Graduação Strictu Sensu de Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD), todos ligados à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Autora dos livros “Jornalismo Digital”, ”Hipertexto, Hipermídia”, “A força da mídia social” e “No tempo das telas”. E instrutora da Aberje desde 2001. 

Redes sociais em movimento

              Publicado em 03/02/2010

Ao contrário de Kant, que considerava o conhecimento como sendo sujeito a limites, a ciência contemporânea nos mostra um universo em expansão para sempre, uma realidade em eterno vir-a-ser. Ser e devir se juntam de maneira construtiva.  Nesse sentido, essas idéias vão numa direção oposta à posição de um inatismo platônico. Pensando à maneira fractal, podemos dizer que cada ser humano, como um microcosmo, contém em si todo o cosmo. Foi nessa perspectiva de fractal que encontrei a terceira edição da Campus Party Brasil (#cpartybr), realizada de 25 a 31 de janeiro, em São Paulo.  

A grande motivação do evento, que reuniu 48.044 campuseiros, foi a rede – de pessoas, de histórias, de troca de tecnologia, de compartilhamento. Vários exemplos bacanas mostraram que o mundo corporativo começa a entender que ele precisa fazer parte do cosmo e fazer diferente sua comunicação, tornando-a plural e horizontal. O canal Campus Party no YouTube já contabiliza 786.487 acessos até o término dessa coluna.

A Fundação Telefônica, por exemplo, manteve um blog cheio de novidades durante a #cpartybr. O REDECA – sistema de informação desenvolvido pela Fundação Telefônica para fortalecer o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente foi credenciado no Portal do Software Público Brasileiro e pode ser acessado no endereço. Além disso, a Fundação Telefônica manteve uma divertida página de encontros entre todos os campuseiros e participantes do #educarede, contabilizando 24.860 twits até o final da #cpartybr.

Desde novembro de 2009, a Vivo participa da redemocoronga. O projeto Belterra integra 20 mil pessoas que vivem da pesca, agricultura de subsistência e extrativismo. "Sem conexão não conseguíamos dar voz a nossa causa e problemas", diz Monica de Almeida, coordenadora da Rede de Telecentros de Inclusão Digital e líder dos movimentos da juventude de Belterra. Estudante de Jornalismo em Santarém, Monica parou de ir para a universidade pela distância, mas pretende voltar quando chegar uma nova instituição no local.

Durante a #cpartybr, a Vivo também apresentou o Projeto Saúde & Alegria. Cidades como Santarém, Belterra, Aveiro e Juruti, regiões ribeirinhas da Amazônia, com a chegada de telefonia móvel e da tecnologia 3G, estão conseguindo colocar em prática a Telemedicina, para que os médicos do Abaré possam trocar informações de determinadas doenças com médicos do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O grande desafio da rede é saber tecer em conjunto os diversos saberes de forma pluralista. Kant realmente não faz mais sentido. E isso é muito bom!


Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor. 2312

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