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Rozália Del Gáudio
rozalia.delgaudio@uol.com.br

Doutora em Ciências Sociais pela Universidade de Paris I, Panthéon Sorbonne (2004), onde também obteve o Master em Sociologia e Antropologia (2001);  mestre em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2000), graduada em Comunicação Social, opção Jornalismo, também pela UFMG (1993). Certificada em Gestão da Reputação pelo Reputation Institute (2012). Atua em Comunicação Empresarial desde 1993, tendo trabalhado em empresas como Alcan (atual Novelis), Acesita (atual Aperam), Vale e Grupo Votorantim. Atualmente é gerente de Comunicação Corporativa da C&A no Brasil e professora no MBA de Gestão da Comunicação da ABERJE/ESEG. 

Peixes que morrem pela boca

              Publicado em 26/01/2010

Por que o cuidado ao lidar com informações é fundamental

 

Há pouco tempo, passando próximo a um restaurante, ouvi por acaso um diálogo curioso. Um senhor, ao telefone celular, dizia: “Olha, isso não vai gerar um processo, mas você certamente terá que prestar contas para o Conselho”.  Fiquei imaginando o que de tão grave o interlocutor havia feito. Seria uma decisão de fusão mal sucedida? Uma operação financeira ilícita? Um acordo desabonador? Um memorando que foi passado, com erros, para a reunião do Conselho? Pensei que, se trabalhasse em um jornal diário, talvez ali houvesse uma história para ser explorada ou mesmo um furo: em um simples “pedaço” de diálogo ouvido de passagem em uma esquina paulistana.

Como eu tinha um compromisso na seqüência, deixei o senhor falando ao celular - e as divagações sobre o resto da conversa - para trás. Mas, confesso: essa história não saiu da minha cabeça.  Ali, naquele quarteirão, de nada adiantariam rastreamentos on line ou mapeamentos de última geração para segurança da informação. Simplesmente havia uma pessoa tratando um assunto, sem dúvida delicado, sem se preocupar com quem passava ao seu lado.  

Fiquei me perguntando quantas vezes por dia isso acontece. É um táxi que pegamos e, para ganhar tempo, vamos fazendo ligações profissionais; uma conversa de bar sobre um novo produto; um documento que deixamos na impressora de uso coletivo ou mesmo um e-mail que fica aberto enquanto vamos tomar um cafezinho. De um lado, pode ser porque muitas vezes ignoramos quem passa ou está ao nosso lado - é a chamada “invisibilidade pública”, estudada pelo psicólogo Fernando Braga da Costa na sua dissertação de mestrado na USP no início da década, que demonstra a nossa tendência a enxergar a função da pessoa e não a pessoa em si. Assim, muitas vezes nos esquecemos que o motorista de táxi pode ser parte interessada no assunto que estamos discutindo por celular no carro dele. De outro, porque podemos subavaliar as possibilidades de escuta ou visualização inadequada das informações que tratamos.

E, cada vez mais, esse é um tema sensível. Neste mundo povoado por celulares com câmeras, conectados à internet e redes sociais, tudo é, como nunca, passível de virar público. Intencionalmente ou não.

Para evitar surpresas desagradáveis, o que você tem feito? Como tem tratado a segurança das suas informações?


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