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Marcos Ernesto Rogatto
marcos@vistamultimidia.com.br

Jornalista e Mestre em Multimeios pela Unicamp. Trabalhou na TV Manchete, Revista Veja e TV Globo São Paulo. Foi diretor de Comunicação da Prefeitura de Campinas e colaborador da Gazeta Mercantil. Há 25 anos trabalha com vídeos e multimídias corporativas. Atualmente é Diretor da produtora Vista Multimídia e participa do Grupo de Estudos de Novas Narrativas/GENN.

Ativos intangíveis, crises e comunicação

              Publicado em 15/01/2010

Queda de pilares, desmoronamentos em construções, trabalho escravo, sonegação fiscal, superfaturamento em obras, resíduos poluentes em rios, crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Esses são exemplos de algumas das ocorrências que movimentaram as páginas econômicas dos jornais brasileiros em 2009. Foram contravenções praticadas por empresas que, em grande parte, desfrutavam de enorme reputação, de grandiosidade similar aos seus faturamentos.

E o que a comunicação tem a ver com essas notícias que misturam as editorias de economia e polícia ? Cada vez mais os erros humanos, tragédias naturais ou falcatruas premeditadas têm como interlocutor um profissional de comunicação, responsável por explicar as ocorrências, amenizar os efeitos e reduzir os estragos.

A administração e a prevenção de crises vem se tornando um forte mercado para agências e profissionais que se especializam nesse segmento, oferecendo extensa bula para combater diferentes males da crise. Bem mais que o treinamento de porta vozes, do passado recente, os meandros da crise vão da sua prevenção, passam pelo diagnóstico até a cura dos efeitos adversos.

Por outro lado, cresce a percepção de que os ativos intangíveis são fundamentais na construção e manutenção da marca. Reputação em alta se traduz em retenção de talentos, maior possibilidade de inovar, valorização da empresa, credibilidade para investidores e consumidores.

Os princípios para a aquisição de ativos intangíveis são opostos aos utilizados na desonestidade tangível. Nessas ocorrências algumas companhias abandonam a idéia do Triple Bottom Line e os dizeres de seus códigos de ética, que são preteridos pela lucratividade.

Muitos dos profissionais qua atuam nas crises empresariais são oriundos do Jornalismo e estiveram do outro lado do balcão. Hoje usam a experiência acumulada não só para auxiliar na construção de ativos intangíveis, mas também para amenizar os erros das empresas contratantes.

Fatos positivos mostram a valorização da Comunicação Organizacional que chega a integrar o alto escalão e responder diretamente à presidência. O setor emprega cada vez mais profissionais qualificados, aumentam as demandas por comunicação e se formam grandes empresas especializadas na terceirização de funções. Setores novos, como de Sustentabilidade, muitas vezes são dirigidos por profissionais da área.

Os aspectos negativos remetem ao fato de que sempre haverá os porta vozes e os defensores da “Rua Cuba” corporativa. No erros humanos, tragédias naturais ou falcatruas empresariais premeditadas, cada vez mais existe um comunicador com diagnósticos e metodologias para ajudar a revelar a verdade ou apenas limpar a barra da corporação.

Começo de ano é sempre um bom momento para reflexão e seria ótimo que em 2010, especialmente em período eleitoral, as manchetes dos jornais trouxessem menos empresas envolvidas em assuntos policiais.


Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor. 3423

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