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COLUNAS


Leny Kyrillos


Fonoaudióloga pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, Especialista em Voz pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia – CFFa, Mestre e Doutora em Ciências dos Distúrbios da Comunicação pela Universidade Federal de São Paulo. É comentarista da coluna semanal Comunicação e Liderança na rádio CBN. Personal & Professional Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching e Professora convidada do Curso de Especialização em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina.

É coautora dos livros Voz e Corpo na TV – a fonoaudiologia a serviço da comunicação (editora Globo – 2003) e Comunicar para liderar (editora Contexto - 2015); organizadora dos livros Fonoaudiologia e Telejornalismo (editora Revinter – 2002, 2003 e 2004) e Expressividade (editora Revinter – 2004), além de autora de várias publicações científicas, nacionais e internacionais. 

Ainda participa da consultoria e assessoria de comunicação de diversas empresas, instituições financeiras e políticos e é responsável pelo atendimento a profissionais de rádio e televisão.

Projetos de final de ano

              Publicado em 18/12/2009

Como anda a sua comunicação?


E mais um ano está terminando... Época de reavaliação da nossa vida, de novos planos, de novos projetos. Momento de identificar o que foi positivo, para agradecer, reforçar, refletir e maximizar. Momento de identificar também o que foi negativo, para corrigir, melhorar, aperfeiçoar. São tantas áreas... Vida profissional, afetiva, financeira, familiar... E a sua comunicação? Você já pensou nela?

Vamos lá: quando nos comunicamos, nós emitimos sinais, por meio do nosso corpo, da fala, da voz, do vocabulário escolhido.  O primeiro ponto importante é buscar a coerência entre a comunicação verbal e a não verbal. Isso acontece quando a mensagem escolhida verbalmente, ou seja, as palavras e as construções das frases são demonstradas com os ajustes não verbais específicos, totalmente de acordo com o significado da nossa escolha. Por exemplo, eu digo “eu te amo” para o meu filho, e faço isso com a voz firme, com intensidade forte, bem articulada e com tom mais agudo. Assim, consigo convencer, ele seguramente vai acreditar! Agora, quando as características não verbais destoam das palavras, haverá ruído de comunicação, e o que vai prevalecer é a mensagem não verbal, já que é a nossa forma mais primitiva de comunicação, e consequentemente a que menos pode ser manipulada. Você já pensou nisso? O curioso é que nós passamos grande parte das nossas vidas preocupados em identificar e escolher a melhor palavra, o termo mais correto, e nem sempre atentamos para o modo como falamos, que acaba transmitindo muito mais! Na nossa coluna desse mês vamos nos ater aos aspectos da voz, e nas próximas aos aspectos da fala e do corpo.

A voz é uma das projeções mais fortes da nossa personalidade. Ela nos apresenta, nos representa e nos revela para o mundo. O que será que a sua voz está dizendo sobre você? Vamos começar considerando o tom. Vozes graves passam a idéia de seriedade, compromisso, conhecimento, segurança. Se o grave for excessivo, pode produzir impressão de falta de energia, de entusiasmo. Vozes agudas remetem à infantilidade, imaturidade, menos preparo. O ideal é uma voz de tom médio, flexível para variar do grave para o agudo de acordo com o conteúdo. A qualidade da voz revela muito! Pessoas que utilizam voz clara e saudável, sem a presença de esforço, passam a idéia de equilíbrio, de conforto e de estarem à vontade para falar. Vozes roucas, ásperas, soprosas, remetem à sensação de esforço excessivo, falta de conforto, produzindo em graus mais elevados incômodo para quem ouve. A ressonância é a amplificação da voz nas cavidades do nariz, da boca e da garganta. Se ocorrer de forma equilibrada nas três cavidades, evoca a sensação de equilíbrio, de domínio da situação. Se ocorrer predominantemente na região da garganta, a sensação é de pouca energia, quase um padrão depressivo. Se o predomínio for nasal, a impressão é de afetividade, mas se houver exagero remete à futilidade, à chatice. Já o padrão oral, praticamente sem o uso do nariz, produz a impressão de afastamento, de pouco contato. Volume mais intenso de voz denota imposição, invasão do espaço do outro. Volume fraco revela baixa auto-estima, timidez. A articulação é muito importante! Se ela for precisa, com definição clara dos sons da fala, bem colocada, reflete segurança e credibilidade. Se for imprecisa, sugere insegurança, incerteza. O padrão mais travado passa a idéia de agressividade contida, enquanto o exagerado denota esnobismo.

Viu só? É fundamental que procuremos identificar os sinais positivos que emitimos, para intensificá-los, desenvolvendo o nosso estilo próprio, a nossa marca pessoal. E também os negativos, para corrigi-los e melhorarmos a nossa imagem. Que tal refletir sobre isso nesse final de ano? O bom é que comunicação é comportamento aprendido... Portanto pode ser modificado! Garanto que a simples consciência de como anda a sua comunicação já vai produzir melhora significativa na sua imagem. Aproveite a fase de mudanças de final do ano! Feliz 2010 pra você. 
 


Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor. 1212

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