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COLUNAS


José Eustáquio Oliveira de Souza


Presidente da Editora VEGA Ltda. e membro do conselho da Aberje. Atuou em cargos de destaque na área de comunicação de grandes multinacionais, como o Grupo Gerdau.

As melhores da pesquisa Hewitt/Valor e a Comunicação

              Publicado em 18/11/2009

Além de empresas brasileiras bem sucedidas, o que existe em comum entre o Bradesco (SP), a Iesa Óleo e Gás (RJ), a Zanzini Móveis (SP) e o Laboratório Sabin (DF)? Muitas coisas. A começar pelo fato delas integrarem lista deste ano das 25 Melhores na Gestão de Pessoas, apontadas pela pesquisa Hewitt/Valor. Está na edição de novembro da revista Valor Carreira.

 Thais Blanco, líder de gestão de talentos da Hewitt Associates no Brasil enumera alguma delas: definição de metas agressivas com responsabilização de seus colaboradores para atingi-las; promoção de um ambiente de confiança mútua; valorização das pessoas e forte comprometimento da liderança com os valores e metas da empresa.

 Mas, conforme os especialistas, o que fez mesmo a diferença entre as empresas vencedoras da pesquisa Hewitt/Valor e seus concorrentes foi o fato de terem demonstrado maturidade ao enfrentar os momentos mais agudos da pior crise mundial dos últimos 80 anos. Sabem como? A grande maioria dos pesquisados (88%) manteve inalterado ou aumentou o quadro de funcionários, embora 61% tenham tomado medidas de redução de custos.

Além disso, fizeram uso de praticas aplicadas aos empregados, que incluíram ações de RH como oportunidades de desenvolvimento e de impactar o negócio; reconhecimento financeiro adequado e garantiam de investimentos nos talentos; responsabilidade em fazer que todos saibam o que é esperado do seu trabalho e alinhamento da empresa em todos os níveis. Mais dados. Dos fatores que mais influenciaram o engajamento nas empresas vencedoras, quatro sobressaíram quando comparados obtidos pelos demais concorrentes. São eles: oportunidades de carreira (72% e 53%), remuneração (67% e 49%), reconhecimento (65% e 47%), e COMUNICAÇÃO (78% contra 47%).

O grifo em comunicação na lista acima é nosso. Por motivos óbvios. É que esse foi um dos fatores que mais ajudaram as empresas vencerem a pesquisa e – mais que isso- a derrotarem a crise com muita competência. Fiquemos com alguns depoimentos dos executivos que lideram as Melhores da Hewitt/Valor. Comecemos pelo o relato de Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente executivo do Bradesco:

- Reforçamos a comunicação interna a fim de alinhar os objetivos estratégicos do banco entre todos os empregados, conta. Como? Por meio de reuniões em diferentes níveis de gestão, organização dos grupos de negócios, realização de teleconferências e chats, “Fizemos de tudo para que a mensagem se espalhasse pela rede de atendimento,” relata o executivo. Que pontua: a multiplicação da informação incentiva a participação dos funcionários gera idéias e sugestões.

O executivo do Bradesco - se desejasse – seria uma ameaça para muitos gestores de comunicação empresarial, não? Sim. Menos no Laboratório Sabin, em Brasília, onde a diretora executiva, a médica Janete Vaz, lidera o programa de RH - que tem função estratégica - e aposta na ligação direta com os colaboradores como política de comunicação. Cappi também não precisaria substituir o líder da comunicação na Iesa Óleo & Gás, no Rio de Janeiro, onde da moça do cafezinho aos gerentes e diretores, todos participam, a cada 15 dias, do café da manhã no escritório central da sede para discutir o dia-a-dia e os rumos da empresa. Essa é uma das ferramentas da Iesa para azeitar o fluxo de informações do topo até a base, segundo seu presidente, e líder do processo, Valdir Lima Carreiro. “Procuramos alcançar o maior grau de transparência possível em todos os níveis,” diz Valdir Carreiro para explicar o sucesso da empresa.

Sucesso que na Zanzini Móveis, no interior de São Paulo, só foi possível porque a diretora de recursos humanos, Denise Zanzini, filha mais velha dos fundadores da empresa, tem como um de seus valores a crença absoluta no poder do diálogo. Com a crise, a coisa ficou feia para a empresa que perdeu mais de 20% do faturamento. A saída? O envolvimento dos funcionários no projeto da empresa. “Só conseguimos a reviravolta nos resultados porque a comunicação entre as equipes de venda e produção ficou bastante alinhada,” conta Denise Zanzini. 

Para envolver a equipe, ela mandou instalar televisores no chão da fábrica para indicar, em tempo real, informações técnicas, metas, iniciativas da companhia. E mais: espalhou novos quadros de aviso pela empresa, além de aparelhos de rádio para garantir agilidade na tomada de decisão. São boas histórias sobre a importância estratégica da comunicação para o sucesso empresarial. No mínimo elas provam que, como se disse neste espaço na semana passada, Comunicar é a Solução.


Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor. 5133

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