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COLUNAS


Cristina Santos
ccris-santos@hotmail.com

Formada no MBA Gestão de Marketing – FGV, Processamento de Dados – UNIb, Especialização em Neurociência Cognitiva – USP e Tecnóloga em Administração de Empresas. Especialista em gestão estratégica on-line – marketing, comunicação e tecnologia da informação, tendo implementado a área de e-Business e o conceito de Knowledge Worker na empresa em que trabalha como responsável pela Comunicação Digital. Participa ativamente do mercado em congressos e seminários e é voluntária na gestão on-line de uma entidade filantrópica.

 

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Comunicação digital - a nova era já era!

              Publicado em 20/10/2009

Sempre que pensamos em novas formas de comunicação na internet, corriqueiramente pensamos em como potencializar as formas atuais de comunicação, esse “mar de siglas” que nos envolve e consome boa parte de nossa energia, que para estarmos antenados com a forma e linguagem, exige dedicação e vontade incessante de conhecer, saber, questionar. Além de acompanharmos essa evolução toda, é preciso abandonar o pseudo-conforto de leitor e participar ativamente para não sermos devorados.

Mas porque será que a cada momento, quando pensamos na nova era, ela já passou? Nesta democracia de uso exacerbado da criatividade, o tempo todo há alguém pensando em como diferenciar e porque não, de forma narcisista, de aparecer na blogosfera. Se tiver lucro associado então... Perfeito!

Há cerca de cinco anos, trabalhei em um projeto inovador de colaboração (nem tinha esse nome na ocasião), onde cada pessoa seria responsável por atualizar seu próprio conteúdo... Oh!!.... Funcionalidade incrível na ocasião. O projeto foi sucesso absoluto demandou um bom tempo até conseguirmos difundir essa idéia, tirar o medo das pessoas, trazê-la para nosso dia a dia. Algum tempo depois, surgiu o “boom” nominado WEB 2.0 e cá estamos nós – na era da colaboração. Todos somos jornalistas, editores, críticos de arte, ciência, sustentabilidade e qualquer outro assunto ao qual tenhamos afinidade. Somos os influenciadores e formadores de opinião, seja qual for o grupo que nos associemos, o reconhecimento desse poder influenciador é iminente. Nem é necessário que sejamos especialistas, basta termos afinidade para sermos respeitados.

A constatação óbvia é que realmente precisamos estar bem preparados para conhecer, entender, respeitar e se comunicar com as gerações de novos consumidores, afinal, nós que estamos no mercado de trabalho neste momento, somos todos da geração da transgressão. Isso é ululante.

Aprendemos a conviver com métodos novos de aprendizagem online. Basta pesquisarmos um pouco, principalmente nos meios acadêmicos para percebermos, que essa novidade já é praticada há tempos – novamente, está sendo difundida ostensivamente agora. Só isso.

Se antes as relações familiares, pessoais e profissionais eram restritas, hoje não existem mais fronteiras para que as pessoas se comuniquem – esse é um fato irreversível. Goste ou não, queira ou não. Assim, se antes a corporação investia muito na mídia convencional para ter reconhecimento e crescer, hoje, com um investimento infinitamente reduzido e uma estratégia de presença digital bem focada, esta mesma empresa alcança todos os lugares possíveis. E mais, com todas as estatísticas e análises necessárias para medir o sucesso de sua ação de forma imediata e segura. Como pensar nisso há pouco tempo senão através de uma metodologia estabelecida e pesquisa de campo?

Ainda pouco explorado, mas não pouco pensada, acompanhamos a tendência da WEB 3.0 – onde a semântica será o grande diferencial, opa... Será?!? Já é! Estabelecido, funcional e em versão “beta” como estamos acostumados. Fora as tentativas pobres que vemos quando navegamos por textos onde as hotwords proliferam, aquelas que tentam fazer analogia de palavras para vender seus produtos e serviços (ainda que tenha baixa aderência contextual), efetivamente há várias ações neste sentido em andamento. A mais forte e difundida no momento (vejam como realmente a nova era sempre já era), é o Wolfram que desde 1988 trabalha com esse conceito. Seu criador Stephen Wolfram, estendeu sua idéia inicial que era um simulador matemático, tornando-o “inteligente” e evoluindo para a busca mais abrangente e de forma mais assertiva, que arrisco me dizer, o Google ficará preocupado quando a nova era chegar. Ou já chegou?

Tornar possível "perguntar ao computador qualquer pergunta realista e ter a reposta" essa é a proposta. São conclusões, como exemplo, digitar seu próprio nome. Você terá uma análise (com base na população dos EUA) de quantas pessoas tem seu nome e sobrenome em quantos nascimentos por ano seu nome é utilizado. Se você separa as letras com vírgulas, você tem notas musicais e a visualização de onde elas estão no teclado. Ao clicar em "Play Notes", você ouve a progressão.

Conheça: http://www.wolframalpha.com

Enfim, precisamos pensar sempre se que os modismos digitais em sua maioria, são evolução ou nomenclatura diferenciada de conceitos que desde o surgimento da WEB são trabalhados arduamente. Não vamos nos deixar iludir. Não há nova era – já estamos nela há tempos. É algo iminente para quem é dessa geração e para nós, os sobreviventes.


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