Estrangeirando
Uma das grandes transformações deste século, principalmente para nós brasileiros, é o uso da língua inglesa como segundo idioma, fato ao qual usamos o termo ESL (English as a Second Language). O advento da globalização, o aumento da competitividade pelas melhores colocações nas multinacionais, além dos eventos esportivos que envolveram nosso país nos últimos anos, marcam drasticamente essa guinada comportamental a que todos estamos submetidos. É o nosso maior exercício de cognição de todos os tempos, sem dúvida.
Ter domínio do ESL é um fator preponderante e que quase não é mais tratado como um diferencial competitivo nos mais diversos segmentos, seja no entretenimento, educacional e principalmente no âmbito profissional. Existem tantos métodos “infalíveis” e, porque não se dizer, milagrosos à venda atualmente, seja pelo processo de language acquisition ou language leaning. Não se esqueça de que “infalível” não é sinônimo de simples nem de fácil. Nunca é demais dizer que sem empenho, dedicação e, principalmente, uma boa dose de paciência, nenhum esforço dará resultado, mas o fato é que temos muito mais incentivos e formas de chegar na tão sonhada fluência. Desde os métodos tradicionais em nossas escolas, passando pelas escolas de idiomas particulares até os métodos on-line pagos e gratuitos.
Recentemente, tive a oportunidade de conhecer uma plataforma que ensina inglês através de um game, que é uma viagem que ocorre em diversos países e todos interagem (como numa rede social) e chegam na caça ao tesouro. Achei sensacional a ideia, diferente de tudo que conheci até então. Me surpreendi.
Vamos conhecer os métodos um pouco?
Language acquisition refere-se ao processo de assimilação natural, intuitivo, subconsciente, fruto de interação em situações reais de convívio humano em ambientes da língua e da cultura estrangeira em que o aprendiz participa como sujeito ativo. É semelhante ao processo de assimilação da língua materna pelas crianças; processo, esse, que produz habilidade prático-funcional sobre a língua falada, e não conhecimento teórico; desenvolve familiaridade com a característica fonética da língua, sua estruturação e seu vocabulário; é responsável pelo entendimento oral, pela capacidade de comunicação criativa e pela identificação de valores culturais.
Exemplo são os adolescentes e jovens adultos que residem no exterior durante um ano, através de programas de intercâmbio cultural, atingindo um grau de fluência na língua estrangeira próximo ao da língua materna, porém, na maioria dos casos, sem nenhum conhecimento a respeito do idioma.
Language learning está ligado à abordagem tradicional ao ensino de línguas, assim como é ainda hoje geralmente praticada nas escolas de ensino médio. A atenção volta-se à língua na sua forma escrita e o objetivo é o entendimento da estrutura gramatical e das regras do idioma, cujas partes são dissecadas e analisadas. A forma tem importância igual ou maior do que a comunicação. Ensina-se a teoria na ausência da prática. Valoriza-se o correto e reprime-se o incorreto. Desvios são constantemente corrigidos, deixando pouco lugar para espontaneidade. O professor assume o papel de autoridade no assunto e a participação do aluno é predominantemente passiva. No caso do inglês, ensina-se, por exemplo, o funcionamento dos modos interrogativo e negativo, verbos irregulares, modais, etc. Exemplo são os inúmeros graduados em letras, com conhecimento sobre a língua e sua literatura, já credenciados, porém, ainda com claras limitações em se comunicarem na língua que teoricamente poderiam ensinar.
Identificou-se? Algumas dicas que serão úteis em qualquer um dos métodos:
Vai lá:
Plataforma on-line: www.tripppin.com
Referências:
Krashen, Stephen D. Principles and Practice in Second Language Acquisition. Prentice-Hall International, 1987.
Krashen, Stephen D. Second Language Acquisition and Second Language Learning. Prentice-Hall International, 1988.
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