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Leny Kyrillos


Fonoaudióloga pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, Especialista em Voz pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia – CFFa, Mestre e Doutora em Ciências dos Distúrbios da Comunicação pela Universidade Federal de São Paulo. É comentarista da coluna semanal Comunicação e Liderança na rádio CBN. Personal & Professional Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching e Professora convidada do Curso de Especialização em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina.

É coautora dos livros Voz e Corpo na TV – a fonoaudiologia a serviço da comunicação (editora Globo – 2003) e Comunicar para liderar (editora Contexto - 2015); organizadora dos livros Fonoaudiologia e Telejornalismo (editora Revinter – 2002, 2003 e 2004) e Expressividade (editora Revinter – 2004), além de autora de várias publicações científicas, nacionais e internacionais. 

Ainda participa da consultoria e assessoria de comunicação de diversas empresas, instituições financeiras e políticos e é responsável pelo atendimento a profissionais de rádio e televisão.

Mulheres no comando: a comunicação como ferramenta poderosa de liderança

              Publicado em 29/01/2014
As mulheres já ocupam grande número de cargos de liderança e chefia em muitas empresas brasileiras. É claro que essa conquista se deve aos altos investimentos em cursos de capacitação, em pós-graduações, MBAs, fluência em outros idiomas, etc. Mas, sem dúvida, o desenvolvimento de habilidades que uma boa comunicação propicia, auxiliaram muito para o alcance desses resultados.
 
Mulheres geralmente se comunicam de modo mais paciente e cuidadoso. Demonstram uma atenção maior para com seus interlocutores, buscam se fazer entender e tendem a se certificar de que foram compreendidas. Essas características favorecem um maior alcance de seus objetivos na empresa, já que permite mais clareza e assertividade no contato com seus subordinados, seus superiores e seus pares. As mensagens são transmitidas de modo mais claro e, consequentemente, são melhor obedecidas. Ao se comunicarem de modo mais cuidadoso, as mulheres tendem a demonstrar maior atenção com o outro; como a comunicação é um processo dinâmico, o interlocutor reage mostrando-se mais motivado, interessado em colaborar, o que acaba gerando mais resultados.
 
Uma pesquisa realizada por Zenger e Folkman, publicada no livro “A study in leadership: women do it better than men”, em 2012, analisou as avaliações 360 graus de liderança e eficácia de 7.280 executivos, feitas por seus pares, chefes e subordinados. A análise revelou que as mulheres tiveram classificação superior à dos homens em todos os níveis de gestão! Demonstrou, também, que quanto mais alto o nível, maior a diferença. Elas foram julgadas superiores nas áreas em que tradicionalmente se sobressaem, como desenvolvimento de pessoas e construção de relacionamentos, mas também em doze dos dezesseis pontos identificados pelos autores como os mais importantes para a eficácia da liderança.
 
Ao refletirmos sobre cada um desses pontos, é imediata a associação à competência comunicativa, seja na emissão de sinais que constroem a percepção, seja na atitude que conduz à relação com o outro: tomar a iniciativa, praticar o autodesenvolvimento, exibir alta integridade e honestidade, conduzir a resultados, desenvolver outras pessoas, inspirar e motivar outras pessoas, construir relacionamentos, colaboração e trabalho em equipe, estabelecer metas desafiadoras, liderar mudanças, resolver problemas e analisar questões, comunicar-se com autoridade de forma produtiva, ligar o grupo ao mundo exterior. Se você observar cada um desses itens, é evidente a participação de uma boa comunicação para o estabelecimento de cada um deles. Porém, a mesma pesquisa constatou que quanto maior o nível do cargo nas empresas, maior é a proporção de homens que os ocupam! É no mínimo curioso... Como diz a sabedoria popular, às vezes “o remédio pode ser o veneno”! Há mulheres, infelizmente, que apesar de bem sucedidas, inteligentes e capazes, apresentam baixa autoestima, sentem-se inseguras, desconfortáveis e pouco merecedoras de uma maior remuneração, de um cargo de maior destaque, de um papel de líder. Essas, sem dúvida, refletem esses sentimentos em sua comunicação, com uma fala hesitante, repleta de pausas fora de contexto, mal articulada, às vezes com a voz trêmula, tentando afirmar algo, mas sem convicção, como se estivesse interrogando, como se buscasse aprovação. Cuidado!!! 
 

A boa comunicação se desenvolve a partir da construção de uma pessoa equilibrada e sensível, segura e motivada, corajosa e disposta a enfrentar desafios. Portanto, homens e mulheres devem se instrumentalizar tecnicamente, ter boa cultura geral, mas principalmente também se dedicarem a serem pessoas plenas e felizes! Dessa forma, a comunicação será o espelho desse estado interno, e sem dúvida o gênero passará a ser algo absolutamente secundário para a realização pessoal e profissional. Dedique-se a isso! Vale a pena. 

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