O ano da diversidade
2016 é o ano da diversidade. Quem disse isso? Que eu saiba, até agora, ninguém. Mas você pode lançar essa proposta na sua empresa. Não como mais uma daquelas metas que se perdem ao longo dos meses, mas como um verdadeiro compromisso com a valorização das diferenças e a promoção da igualdade. Não sabe por onde começar? Eu tenho algumas dicas.
Em primeiro lugar, identifique quais os principais desafios em termos de diversidade na sua organização. Para isso, comece olhando ao redor. A proporção de homens e mulheres nos cargos de gestão está equilibrada? A comunicação é plural e mostra personagens de diferentes cores e etnias? Os funcionários homossexuais podem falar abertamente sobre sua orientação sexual? Haveria espaço para contratação de travestis e transexuais? E as pessoas com deficiência, têm condição de desenvolver todo o seu potencial?
Responder a essas perguntas – e as muitas outras que surgirão – já fornece um quadro geral da situação da empresa.
O próximo passo é incluir o tema da diversidade na agenda dos objetivos estratégicos da organização. É preciso convencer os líderes a apostar no assunto. Nessa etapa, vale mostrar dados da demografia interna da empresa que denunciem possíveis desigualdades, apresentar iniciativas de concorrentes ou recorrer às inúmeras pesquisas que associam a presença da diversidade a melhores resultados. Números são importantes e a maior parte dos gestores não abre mão deles. Entretanto, apostar na diversidade traz benefícios que nem sempre cabem em planilhas: melhora o clima organizacional, impulsiona a reputação e, mais importante, dá à empresa a oportunidade de realizar um trabalho efetivo de responsabilidade social.
Depois de identificar os gargalos e conquistar o apoio da administração, é hora de planejar e desenvolver as ações. Sabendo o que se quer fica mais fácil estabelecer maneiras de alcançar os objetivos traçados. No que se refere a nós, comunicadores, colocar o assunto na pauta do dia já é um belo desafio. Estimule a formação de comitês de diversidade, abra espaço para rodas de diálogo, convide gente envolvida com o tema para falar, lembre as datas comemorativas dos movimentos de mulheres, negros, LGBT e pessoas com deficiência, enfim, torne a comunicação da sua empresa mais diversa e inclusiva. Outro ponto superimportante, claro, é avaliar periodicamente o curso das ações.
Dito assim, passo a passo, as coisas parecem simples, não é? Mas talvez não sejam. Inclua no seu planejamento uma boa dose de resiliência, coragem e, acima de tudo, disposição para dar o primeiro passo. Resistências devem surgir, mas isso não é propriamente uma novidade para quem trabalha com comunicação. Compartilhem dúvidas e os resultados comigo. No mais, um excelente 2016! Que seja diverso também em sorrisos e bons encontros para todos nós.
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