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COLUNAS


Ricardo Sales
ricardodesales@gmail.com

Relações-públicas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, tem especialização em Comunicação Institucional e atualmente cursa mestrado no programa de Ciências da Comunicação da ECA/USP, onde desenvolve pesquisa sobre cultura organizacional e gestão da diversidade no ambiente de trabalho. É consultor de comunicação e exerce atividades nas áreas de comunicação institucional, relacionamento com a imprensa e sustentabilidade.

 

Comunicação para a empatia

              Publicado em 17/08/2015

A ONU veio abaixo, ano passado, quando a atriz britânica Emma Watson terminou seu discurso a favor da equidade, conclamando os homens a saírem em defesa das mulheres e a também se indignarem contra o preconceito e a desigualdade de gênero.

Os aplausos foram muitos e extrapolaram o salão principal da sede da organização, em Nova York. O vídeo com o discurso viralizou, chegou a milhões de pessoas em todo o mundo e repercutiu na imprensa internacional.

O que Emma Watson fez foi buscar a sensibilização de aliados, pessoas que aparentemente podem não estar ligadas àquele assunto, mas certamente são atingidas por ele de alguma forma.

O machismo, a homofobia e todas as formas de intolerância são mais próximos e dependentes uns dos outros do que parece. Ao contrário do que podemos pensar, eles nem sempre têm destinatários certos. Os preconceitos são ardilosos e nos alcançam mesmo quando achamos não ter nada a ver com aquele assunto.

Por isso, quando falamos de diversidade nas organizações, é fundamental desenvolver uma comunicação para a empatia, que realmente incentive o engajamento das pessoas. O tema deve ser apresentado de forma didática, estimulando a revisão de crenças e incentivando a participação de todos.

Nem todas as diferenças são visíveis, e algumas querem se mostrar: é melhor para os funcionários, para a organização e toda a sociedade.

No caso da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros), por exemplo, levar-se inteiro para o trabalho é uma das principais reivindicações. As pessoas produzem mais e melhor quando se sentem confortáveis para falar abertamente sobre sua vida pessoal com os colegas de trabalho, contando, por exemplo, sobre o fim de semana sem precisar mentir o gênero do (a) namorado (a) ou, ainda, sem receio de levar seu (sua) companheiro (a) na confraternização da empresa.

O estudo The Power of Out apontou que 24% dos homossexuais se sentiram à vontade para falar sobre o assunto na empresa por influência dos aliados, colegas heterossexuais que atuam como uma rede de sustentação para quem ainda está receoso.

Comunicação para a empatia é também sensibilizar para a diversidade e mostrar que somos todos diferentes e especiais em nossas características. Nós por eles, eles por nós. E assim, a partir das nossas organizações, podemos colaborar para a formação uma sociedade com mais respeito e solidariedade.

Aliás, a campanha HeForShe, liderada por Emma Watson na ONU, ganhou uma página em português (http://www.heforshe.org/pt) e chega ao Brasil em parceria com o canal GNT.

Que tal aproveitar o gancho para sensibilizar os funcionários da organização e trazer mais aliados para as causas da convivência, inclusão e respeito às diferenças?


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1409

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