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COLUNAS


Vívian Rio Stella


Graduada, doutora e pós-doutora em Linguística pela Unicamp. Pós-doutoranda do grupo Atelier Linguagem e Trabalho da PUC-SP. Diretora da VRS Cursos, Palestras e Coaching. Professora de cursos da Aberje. Professora de graduação da Unianchieta e de cursos de extensão da Unicamp. Desenvolve materiais didáticos para cursos presenciais e a distância e é colunista do Portal Santander Empreendedor. Atua como Personal and Professional Coach e como professora de cursos empresariais, nas áreas de Comunicação, Liderança e Educação. Atendeu diversas empresas, entre as mais recentes, destacam-se: Alcoa, Buscapé, Embraer, Holcim, IESS, Johnson & Johnson, Kimberly-Clark, Mahle, Manetoni, Nespresso, Novartis Biociências, Syngenta, Tetrapak e Volkswagen. 

Elabore slides eficazes para não cometer o "suislide"

              Publicado em 18/12/2015

O slide é um recurso amplamente utilizado no ambiente corporativo, seja para apresentar produtos, projetos ou serviços ao público interno e externo. Mas é curioso notar que muitos profissionais ainda cometem o chamado “suislide”, isto é, elaboram ou usam o recurso de forma inadequada a ponto de comprometer seu desempenho e sua imagem perante a plateia.

Para evitar o “suislide”, pratique cinco recomendações essenciais:

  1. Foco e concisão: independentemente da duração da apresentação, é primordial haver foco definido e mensagens essenciais. Por isso, antes mesmo de iniciar a elaboração dos slides, esquematize o objetivo geral da apresentação e as ideias-chave. Por exemplo: o foco é discutir os próximos passos do projeto considerando três ideias-chave, a saber, há um atraso no cronograma, a área de marketing conseguiu aprovação para a campanha de comunicação e o cliente aprovou o escopo com 3 alterações que impactam o trabalho da equipe. Essa definição de foco e de mensagens-chave favorece a clareza e a elaboração de uma quantidade adequada de slides.
  2. Fuja da apresentação Frankenstein: é comum montar uma apresentação a partir de diversos outros arquivos. Esse copia e cola de slides em um único arquivo pode gerar a chamada apresentação “Frankenstein”, que não tem nem padrão visual nem lógica clara. Para que isso não ocorra, crie uma unidade visual, com cores, fontes, tamanhos, imagens e fluxos que sigam uma linha coerente, e procure estabelecer a relação de sentido entre os slides, de forma a garantir a lógica da mensagem.
  3. Menos é mais: uma das principais falhas nos slides ainda é o excesso de texto. São frases e conceitos inteiros, que acabam fazendo o apresentador ler cada item. Por isso, vale lembrar da regra 8 x 8: em cada slide, inclua, no máximo, 8 tópicos e, em cada tópico, no máximo 8 palavras. Claro que podem ser menos tópicos e menos palavras, nunca mais. Vale uma dica rápida: se o tamanho da letra está menor que 20, provavelmente, o slide contém muita informação.
  4. Invista no visual: seja elaborado no Prezi ou no PowerPoint, o recurso deve ser essencialmente visual, com uso de esquemas representativos (quadros, fluxos, SmartArt), imagens e ícones que representem as mensagens que o apresentador quer comunicar e destacar. Se o slide não é estruturado visualmente, a chance de a plateia compreender as mensagens e de se manter atenta é menor.
  5. Gráficos e números contextualizados: os dados e estudos técnicos são elementos argumentativos frequentemente usados, mas, por vezes, são apresentados de forma pouco contextualizada ou com excesso de detalhe. No primeiro caso, há quem diga a potência do motor, sem compará-lo à potência dos concorrentes, por exemplo; no segundo caso, há gráficos com tantas linhas e números que mal se compreende se o resultado é ou não esperado. Por isso, sempre procure comparar ou dar referência clara aos números e deixe os gráficos mais limpos, com indicação de setas ou círculos nos conteúdos que pretende destacar ao apresentar para a plateia.

Colocando em prática essas recomendações, provavelmente você não cometerá “suislide”. A plateia agradece!


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