Hackeando o futuro
Sou da geração X, uma nativa do mundo analógico. Todos os meus trabalhos de faculdade foram produzidos na Olivetti vermelha, que ganhei do meu avô quando fiz 15 anos. Minha estreia no jornalismo, na publicidade e na TV, no começo dos anos 90, se deu em meio a máquinas de datilografar, fax, xerox, fotolitos e videotapes. Algo inimaginável nos dias de hoje.
Vivi profissionalmente, na pele, toda a revolução pela qual vem passando a comunicação nos últimos 20 anos e tive que modificar meu sistema de pensamento e de funcionamento algumas vezes ao longo desse processo. Acabei de descobrir que, nesse sentido, sou uma hacker. Wow! Tive que me reinventar algumas vezes para continuar competitiva no meu mercado de trabalho. E sei que esse é um caminho sem volta, com ciclos de inovação ou de revolucão cada vez mais curtos. Das carreiras, das empresas e das indústrias.
Se você não fizer a disrupção do seu negócio, alguém fará por você. Assim sendo, não é melhor liderar e criar o futuro? A indústria da comunicação, em especial a da publicidade, vem dando sinais claros de falência do modelo vigente. Não à toa ícones de gerações de publicitários estão deixando suas agências e, muitos deles, migrando para outras áreas da comunicacão, inventando novos modelos de negócios mais fluidos, sem fronteiras, colaborativos, empreendedores, integradores, conectados e ilimitados.
Um bom exemplo de quem está se “desconstruindo” para o futuro é a Agência 3, que acabou de lançar o Hackerspace3, seu novo braço de negócio que vai trabalhar projetos envolvendo a tríade startups, agência e clientes. Em síntese, um laboratório com várias possibilidades de configuração: clientes da agência com desafios de negócios que podem ser solucionados pelas startups, startups com negócios que podem ser patrocinados pela marca de clientes da agência, agência criando um projeto para um cliente a ser desenvolvido via startup, entre outros.
Um modelo em que todos ganham e que vai permitir aos profissionais da agência e de seus clientes se retroalimentarem o tempo inteiro com a inquietação e a inovação na veia que vêm das startups. As startups, por sua vez, terão acesso a processos, metodologias e consultoria de négócios sempre útil para quem está começando. Nitroglicerina pura!
A gestação do Hackerspace3 levou dois anos e traz um modelo de negócios robusto, que inclui a metodologia do MIT, da Singularity School e do IDEO. Não vejo a hora de me tornar uma Hacker Client. Ou uma Hacker Guest, nos projetos em que eu puder colaborar com minha experiência e conhecimento. Vamos hackear???
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