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Rafael Oliveira


Jornalista apaixonado por comunicação corporativa, com ênfase nas áreas de comunicação interna, reputação e mídias sociais. Formado pela FACHA, com MBA em Comunicação Empresarial na ESPM-Rio e pós-graduação em Gestão em Saúde, atualmente é gerente de Comunicação e Marca da Unimed-Rio e professor da disciplina de Comunicação Interna em cursos de MBA na ESPM-Rio e na Universidade Veiga de Almeida.

A onda disruptiva está chegando à indústria da comunicação

              Publicado em 18/09/2015

Airbnb, Netflix, Uber, Spotify e tantos outros novos negócios estão bagunçando o coreto. Mudando o paradigma de mercados e derrubando muros de uma forma tão óbvia e benéfica (para a sociedade), que ficamos positivamente surpresos ao começar a entender o espírito dessa nova geração de empreendedores. A lógica de ganhar dinheiro resolvendo verdadeiramente problemas da vida das pessoas é incrível e oposta aos sistemas cheios de interesses de pequenos grupos que dominam os mercados atualmente.

Aconteceu com a indústria da música, aconteceu com as agências de viagem e agora está acontecendo com a indústria da informação, entre tantas outras. De acordo com a Olin School of Business, 40% das 500 maiores empresas de hoje não existirão mais em 10 anos. Não considerar que essa onda atingirá nosso mercado é ignorar um fenômeno que pode modificar completamente o que fazemos e o papel de áreas de comunicação e marketing nas empresas. Temos presenciado uma transformação significativa nos meios de comunicação, que se manifesta a partir de mudanças nos padrões de produção, novos hábitos de consumo, surgimento de mídias alternativas e uma dinâmica de instantaneidade em todo o ecossistema de informação. O ambiente digital, onde tudo pode ser medido e automatizado, é a base de todo esse processo e parece uma questão de tempo até que os impactos desse novo momento cheguem e alterem aspectos fundamentais dos mercados de comunicação e marketing.

Em pouco tempo, a evolução da inteligência artificial e a gestão do big data trarão a revolução para dentro de nossos departamentos e podem provocar uma drástica revisão em diversas de nossas atividades essenciais. Em breve, breve mesmo, robôs comprarão mídia de forma mais inteligente e assertiva do que qualquer humano, fazendo um uso muito mais consciente de nossos recursos. A tecnologia também potencializará o relacionamento nas mídias sociais, muito provavelmente sem a necessidade de um exército de analistas para monitorar e fazer interfaces com clientes. Como será o relacionamento com a imprensa em um cenário no qual a mídia impressa perde força e os formadores de opinião assumem identidades digitais, muitas vezes sem qualquer chancela de algum grande grupo de mídia e sim por uma influência conquistada a partir de talento e esforços individuais? Não tenho as respostas, mas não me parece absurdo pensar que muita coisa mudará em um curto espaço de tempo para os profissionais de comunicação e marketing. O que será do amanhã então?

Não se trata mais de fazer comunicação 1.0 ou 2.0. Trata-se de mudar o mind set e adotar novas posturas. Teremos que ser verdadeiramente estratégicos e vincular 100% das ações de comunicação a resultados diretos da empresa. A turma do Vale do Silício indica um bom possível caminho: sermos um polo de inovação nas organizações. Temos grande potencial criativo, conhecimento do negócio e um olhar diferenciado para reputação, que traz consigo o tal do foco do cliente. Uma combinação importante e incomum em outras áreas de atuação, que pode ser aproveitada para um novo posicionamento nos organogramas. Podemos ser idealizadores de propostas e projetos de valor para as marcas, de serviços agregados e até mesmo pela reformulação de modelos de negócio.

Esse é um dos caminhos. Outros aparecerão. Certo é que quem se apegar aos tradicionais quatro parágrafos e não entender a mudança que está em curso será vítima, e não protagonista, de uma nova era.


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