Os comunicadores e o medo da própria morte
Com uma relativa frequência, tenho falado e escrito para públicos variados de comunicadores organizacionais sobre a necessidade de reinvenção da área de Comunicação. Não que eu queira posar de arauto do apocalipse ou, muito menos, de Mãe Dinah. Sou só alguém que observa – muito – o mundo a sua volta e interage – muito – com diversos públicos e organizações e percebe certos movimentos com um potencial enorme de impactar as atividades de quem estudou, se formou e foi construindo seu repertório na prática para ostentar no crachá e no cartão de visitas o título de analista, assistente, especialista, gerente ou diretor de comunicação. E aí vem um sujeito, cuja carreira de executivo foi curta, dizer que esse mundo acabou? Como diria minha avó, tenha santa paciência!
Concordo. Às vezes me excedo na paixão com a qual defendo minhas ideias, mas é bom que se esclareça de uma vez por todas: são apenas ideias. Portanto, podem ou não fazer sentido para você. Se não fizerem, simplesmente não perca seu tempo. Se fizerem, também não perca tempo e faça algo para mudar o que e como você está fazendo. E uma das coisas que aprendi, tanto como empresário de comunicação quanto como consultor organizacional, é que a melhor forma de começar uma mudança é começando, o que quer dizer basicamente que é escolher o que parece ser um bom próximo passo. Chamo de bom próximo passo uma ação simples, com alto potencial de impacto, que só depende de você para colocar em prática e, muito importante, que você decide experimentar ou, para usar a palavra da moda, prototipar. Isso mesmo, não TEM que dar certo. Porque se algo que você resolve fazer para inovar sua carreira TEM que dar certo, você não está no caminho certo. Explico, ou melhor, Einstein explica: “Qualquer um que nunca tenha se enganado nunca tentou algo novo”. Se você, portanto, não estiver disposto a errar, nem comece. Mas se a energia para mudar for maior que o medo de errar, aproveite e simplesmente faça algo e não fique aí esperando que algo aconteça, que alguém resolva fazer a mudança por você ou, pior, com você. E, para lhe ajudar a pensar sobre o movimento que faça mais sentido para você nesse momento, dê uma lida na lista abaixo.
Se você concorda com, pelo menos, metade mais uma das afirmações abaixo, não entre em desespero, por favor. Tudo bem ter medo da morte. Apesar de tudo, tem muita coisa boa no mundo e é justo, portanto, o desejo de ficar por aqui o maior tempo possível. Só que reinventar a área de comunicação não é o fim de sua vida, né? Acredite, a chance maior é ser o começo de uma nova vida. O bom de se descobrir no desconforto é perceber que há energia suficiente para começar seu movimento de mudança. E se está lendo este texto, é sinal que suas crises não o mataram. Ao contrário, basta olhar para outras situações críticas pelas quais você passou para reconhecer o quanto elas acabaram por produzir diferença em sua vida. Nessa hora, vale lembrar uma frase dita por Darwin, outro cientista que me inspira e que ainda é tão mal interpretado: “Não é o mais forte que evolui, é o que melhor se adapta”.
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