O poderoso Estado das redes sociais
Tive o privilégio de ler antecipadamente a inédita edição em português de A Origem do Estado Islâmico: o fracasso da “Guerra ao Terror” e a ascensão jihadista, livro do premiadíssimo jornalista irlandês Patrick Cockburn, correspondente no Oriente Médio do periódico britânico The Independent. A obra, a ser lançada em breve no Brasil pela nova editora Autonomia Literária, é uma leitura esclarecedora para se entender, em toda a sua complexidade, como opera e o que almeja esse grupo islâmico radical, com presença crescente no território iraquiano e na guerra civil síria.
Além da descrição minuciosa da capacidade militar do Estado Islâmico (EI) e das ações de outras milícias e facções jihadistas que se digladiam na região e também lutam contra os exércitos regulares da Síria e do Iraque, o livro tem um trecho particularmente interessante para os profissionais da comunicação, sobre o modo como esses grupos exploram com eficácia as redes sociais. Isso é ainda mais relevante — e assustador — numa área cada vez menos coberta pelos correspondentes estrangeiros e jornalistas locais, ante a violência e os riscos a que se submetem na região. Na ausência de segurança e garantias de trabalho para os repórteres, um atentado contra a liberdade de imprensa, a guerra de informação na internet ganha proporções estratégicas.
É surpreendente constatar que o EI é tão eficiente nas redes sociais quanto se tem mostrado nas campanhas militares, nas quais obteve as mais improváveis vitórias. Também na Web, esse implacável grupo jihadista tem imposto derrotas a seus inimigos, que são muitos... Para conhecer melhor isso, basta lançar no Twitter, no Facebook ou nos sites de busca, a hashtag #daesh. Esta é a sigla, em alfabeto ocidental, para o nome em árabe do EI. Numa tradução livre para o português: Nação Islâmica do Iraque e da Grande Síria ou do Levante.
Os jihadistas exploram, com habilidade, o medo, a religião, a política, as conquistas militares, as pretensas fraquezas de seus inimigos e os preceitos religiosos e normativos que prometem disseminar no novo Estado que pretendem instituir e no mundo. É um terrível e preocupante exemplo do quanto as redes sociais são mesmo uma ferramenta poderosa de comunicação.
Vamos, portanto, usá-las bem e para o bem! Ao concluir a leitura de A Origem do Estado Islâmico: o fracasso da “Guerra ao Terror” e a ascensão jihadista, reafirmei minha convicção quanto ao acerto de nossa agência, ao se antecipar ao boom das mídias sociais no Brasil, trabalhando desde cedo para explorá-las em todo o seu potencial, para tornar mais eficiente a comunicação dos clientes.
Embora premido pela crise econômica e a violência da criminalidade, o Brasil convive em paz com todos os povos e é um exemplo para o mundo quanto à interação pacífica e fraterna entre todas as etnias, credos e ideologias. Nesse contexto, os profissionais da comunicação têm nas redes sociais um instrumento de grande eficiência para converter a informação em fator capaz de contribuir para o sucesso das empresas, seu melhor relacionamento com todos os seus públicos e resultados crescentes, o que é fundamental para vencermos as dificuldades.
As mídias sociais, um poderoso e indomado Estado no universo da Web, nos oferecem imensas oportunidades de contribuir para que o Brasil derrote seus próprios fantasmas, retome o crescimento e construa uma economia capaz de prover desenvolvimento com justiça social.
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e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1384
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