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Marco Antônio Eid


Jornalista, escritor e executivo da área de comunicação, é Diretor de Conteúdo da RV&A (Ricardo Viveiros & Associados - Oficina de Comunicação).

Índice de leitura das famílias brasileiras

              Publicado em 19/12/2014

Para entender melhor o perfil e o desenvolvimento do mercado editorial brasileiro, efetuei um cálculo, até agora inédito, a partir da mais recente pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, realizada pela FIPE para a CBL (Câmara Brasileira do Livro) e o SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros): cruzando os seus dados com os do Censo 2010 do IBGE, calculei o consumo de livros por família, que foi de 4,49 títulos em 2013. A conta abrange somente as obras comercializadas no mercado, excluindo as adquiridas no âmbito dos distintos programas governamentais.

A análise considera o total de 62.284.000 famílias existentes no País. Entretanto, se considerarmos apenas as 46.851.000 economicamente ativas, o índice de aquisição por lar chega a 5,9 unidades. Trata-se de um viés estatístico ao índice per capita comumente utilizado, pois o mesmo livro pode — e deve! —  ser lido por mais de um integrante da família.

Observa-se, ainda, uma evolução na compra de livros pelas famílias brasileiras nos últimos anos. Em 2001, comercializaram-se no mercado 182.900.000 exemplares. À época, segundo o Censo IBGE 2000, havia o total de 48.200.000 famílias (não encontrei o número referente às economicamente ativas naquele ano). Portanto, cada uma delas comprou 3,79 livros. Ou seja, em 12 anos, o índice de compra por família cresceu quase 20%, comparando-se com os 4,49 de 2013. Trata-se, sem dúvida, de um dado animador, inclusive com um olhar para o futuro, pois a convivência com livros no ambiente doméstico é um fator muito estimulante à leitura para as crianças e jovens.

Desde 1990, quando se iniciou a série histórica da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, observa-se uma tendência lenta, mas consistente, de ampliação do índice de leitura. Entre 2012 e 2013, o número de exemplares vendidos no mercado cresceu 4,13%, excluindo-se as compras relativas aos distintos programas governamentais. Também se levando em consideração somente os livros comercializados no mercado consumidor (279.662.399 unidades) e o número de leitores em potencial (pessoas com mais de cinco anos, que são 178 milhões), tivemos uma relação de 1,57 exemplar por habitante no ano passado.

Ainda estamos muito distantes de nações como os Estados Unidos, Inglaterra, França e outras da Comunidade Europeia, mas há avanços. Além do significado do livro para o desenvolvimento nacional, para nós, profissionais da comunicação, em particular, quanto mais leitores houver, mais o nosso trabalho será reconhecido e necessário!


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 2015

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