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COLUNAS


Vívian Rio Stella


Graduada, doutora e pós-doutora em Linguística pela Unicamp. Pós-doutoranda do grupo Atelier Linguagem e Trabalho da PUC-SP. Diretora da VRS Cursos, Palestras e Coaching. Professora de cursos da Aberje. Professora de graduação da Unianchieta e de cursos de extensão da Unicamp. Desenvolve materiais didáticos para cursos presenciais e a distância e é colunista do Portal Santander Empreendedor. Atua como Personal and Professional Coach e como professora de cursos empresariais, nas áreas de Comunicação, Liderança e Educação. Atendeu diversas empresas, entre as mais recentes, destacam-se: Alcoa, Buscapé, Embraer, Holcim, IESS, Johnson & Johnson, Kimberly-Clark, Mahle, Manetoni, Nespresso, Novartis Biociências, Syngenta, Tetrapak e Volkswagen. 

Principais desafios ao redigir textos corporativos

              Publicado em 24/06/2015

Comunicados, murais, jornais e revistas, intranet, redes sociais, TV corporativa. São inúmeras as ferramentas de comunicação corporativa que demandam dos profissionais da área a habilidade de redigir textos atrativos, claros, concisos e aplicáveis a diferentes públicos da empresa.

Essas características do texto eficaz são amplamente conhecidas, mas pouco se fala dos desafios que esses profissionais de comunicação enfrentam a cada novo texto. Dentre tantos, trataremos, neste artigo, de três desafios e, ao final, apresentaremos algumas recomendações de como lidar com eles.

O primeiro desafio é lidar com a diversidade de discursos presentes nos textos corporativos. Há uma mescla de discurso corporativo, publicitário e jornalístico, que tornam a atividade de escrever um comunicado ou uma notícia muito mais complexa do que simplesmente escolher palavras e redigi-las em uma ordem lógica. São informações confidenciais conflitando com informações que precisam ser divulgadas de uma forma menos impactante possível; são mudanças de regras ou políticas que devem ser comunicadas, mas afetam a vida dos colaboradores ou a imagem da empresa no mercado; são práticas de “dourar a pílula” duelando com a transparência, que tanto se valoriza; são temas que, de tanto circularem, viraram lugar-comum, mas precisam ser relembrados.

O segundo é decidir como abordar temas difíceis com clareza e transparência, alinhado com as diretrizes da empresa e com as expectativas dos colaboradores (que são as mais diversas). E, muitas vezes, o que se percebe são comunicados repletos de explicações, sem indicações claras dos impactos ou das soluções condizentes com o momento por que passa a empresa. Ou ainda, mensagens tão concisas ou com conceitos tão técnicos que mais geram ruídos e retrabalho do que esclarecem.

Em meio a tudo isso, está o profissional de comunicação, diante da tela do computador, com “n” novos texto para escrever, em pouco tempo, com o máximo de efetividade possível. Essa pressa de concluir tarefas é o terceiro desafio, sentido diariamente e cada vez de forma mais intensa. Como escrever um texto efetivo em pouco tempo, se redigir é uma tarefa artesanal, que exige atenção, dedicação, decisões e revisões (sim, ambas as palavras no plural)? Por isso, é preciso ter em mente: agilidade e produtividade não devem se confundir com pressa.

Para enfrentar esses desafios e redigir textos com mais confiança e efetividade, é fundamental que o profissional de comunicação entenda profundamente a cultura da empresa e saiba usá-la ao:

  • eleger a ferramenta mais eficaz para veiculação do texto;
  • definir o objetivo do texto;
  • selecionar a abordagem do tema tratado;
  • hierarquizar as informações que serão abordadas no texto e excluir as que não serão;
  • recorrer a elementos de fundamentação das ideias: dados, caso, exemplo, analogia, utilidade da informação, causa, consequência.
  • escolher palavras, formatação e recursos visuais adequados aos leitores para materializar a informação.

 

Como se sabe, escrever não é um exercício de inspiração, mas sim de transpiração. Essa afirmação é ainda mais válida quando se trata de textos corporativos. Por isso, tenha uma visão estratégica do texto e não o redija com pressa. Assim, você poderá produzir mensagens eficazes, condizentes com a cultura da empresa e favoráveis à credibilidade da rede formal (isto é, que minimizem a força da rede informal – a conhecida “rádio-peão”).


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 3306

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