Menos certezas, mais amor
Nem todo motoboy é imprudente.
Nem todo taxista é inconsequente.
Nem toda patricinha é fútil.
Nem todo mendigo é malandro.
Nem todo menor é criminoso.
Nem todo jovem é alienado.
Nem todo adulto é maduro.
Nem toda mulher é sensível.
Nem todo homem é racional.
Nem todo ficha limpa é honesto.
Nem todo condenado é bandido.
Nem todo hetero é decidido.
Nem todo homosexual é mal-resolvido.
Nem todo CDF é promissor.
Nem todo baderneiro é caso perdido.
Nem todo pobre é ingênuo.
Nem todo rico é esclarecido.
Nem todo manifestante é vândalo.
Nem todo ativista é chato.
Nem todo inserido é incluído.
Nem todo excluído é outsider.
Nem todo ateu é discrente.
Nem todo cristão é extremista.
Nem todo nú é injúria.
Nem toda concordância é pacífica.
Nem tudo é o que é a suposta maioria, e tampouco o que a gente pensa ou imagina.
Eu poderia ter escolhido mais um tema emergente da comunicação, ou entrar nas discussões sobre Jô, Dilma e a entrevista no Palácio da Alvorada, ou retomar as discussões do comercial do Boticário. Mas as últimas semanas me fizeram, mais do que isso, refletir sobre os imaginários coletivos e os pensamentos baseados em uma única história. Especialmente dois fatos: um manifesto por trás de uma marca e um pedido de socorro em forma de metáfora.
E resolvi dedicar este artigo para um único pedido: não sejamos escravos de histórias únicas. Aliás, você já assistiu Chimamanda Adichie? Não perca este Ted. Talvez alguns dos nossos males (entre tantos) seja o pensamento enclausurado em uma em generalizações, superficialidades, opiniões simplistas, dualistas, extremistas, que nascem de olhares viciados em histórias (personagens, estereótipos, primeiras impressões) parciais, que, em nada, refletem a complexidade e a diversidade dos sujeitos, do mundo, da vida, da existência humana.
Não ser refém de versões generalistas. Desacomodar o olhar e o pensamento. Duvidar de nossas certezas. Sim, isso é pauta pra nós, comunicadores, lideranças, estudiosos, que antes de qualquer coisa, somos cidadãos de um mundo que tanto carece de tolerância e amor.
Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje
e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1495
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