Sobre guerreiros solitários
Os que caminham na contramão de ventos dominantes. Os que não se conformam com o aprendizado de uma época, que já não reflete os contornos da realidade. E que buscam aprender mais, e mais, e sabem que talvez nunca saberão o bastante.
Os que buscam sentido no que fazem, e o que produzem tem sentido. Os que não se contentam em ouvir, escutam verdadeiramente, e não apenas entendem, mas compreendem a importância do Outro, o valor do diálogo e da relação.
Os que não desistem de grandes projetos (e sonhos) pelo volume do trabalho que possivelmente gerem. Os que não se assustam com as barreiras e as pedras no caminho (e com elas constroem castelos!). Os que buscam ser (muito) mais que executores de demandas e escolhem o caminho do pensamento. Os que superam a visão instrumental, e buscam a perspectiva estratégica como modelo de atuação e não como recurso discursivo.
Os que transformam o presente, e o futuro, por tudo que semeiam ao longo de seus dias. Os que cultivam sentimentos bons e sabem o valor do respeito e da tolerância. Os que sabem dar valor ao coletivo. Os que usam para o bem seu desassossego. Os desacomodados criativamente.
Os que não se contentam com a auto-vitimização e sabem que o cenário atual é reflexo do que somos, de como fazemos, das respostas que damos e para o que damos valor. Os que não perdem tempo na busca por culpados pela incompreensão de nossa área e, ao contrário, ivestem suas horas em construir a compreensão sobre ela.
Os que abandonam certezas, verdades absolutas, extremismos, velhos papeis (e pensamentos) guardados na gaveta. Os que olham a incerteza com serenidade, e dela fazem emergir oportunidades. Os que não temem mudar, reinventar-se, ir por outra direção, arriscar novos métodos, sonhar novos sonhos, fazer diferente o-que-foi-sempre-assim-porque-sim.
Os guerreiros solitários que não se contentam com a solidão e buscam aliados. Essa expressão que deu título a esse texto, surgiu espontanetamente na conversa com um (até então) desconhecido, que me procurou para conhecer minha experiência em comunicação organizacional/empresarial.
João, um jovem comunicador entusiasmado, na sede de aprender mais e ser um profissional melhor, veio ao meu encontro e renovou minha esperança. Por menos guerreiros solitários, e por mais João’s que não se conformam com cenários aparentemente desfavoráveis. Vale repetir o clichê de nossos tempos: somos a mudança que queremos para as organizações que habitamos (e para o bairro, para a cidade, para o mundo).
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e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1180
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