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COLUNAS


Neivia Justa
neivia@uol.com.br

É jornalista, pós-graduada em Marketing e tem um MBA na área de Varejo. Começou sua carreira no Ceará, onde trabalhou como atendimento publicitário, assessora de imprensa, coordenadora de pesquisas políticas e jornalista. Aos 22 anos, tornou-se apresentadora de dois programas ao vivo da TV Educativa do Ceará e assumiu o posto de colunista mais lida do jornal O Povo, com a coluna semanal de variedades chamada Saia Justa.

Em 1993, mudou-se para São Paulo, onde começou sua carreira na área de Marketing & Comunicação e, desde então, vem acumulando experiências de gestão em startups de empresas ou áreas como na Poliolefinas, Timex do Brasil, Natura, Schincariol, GE, Goodyear. Além disso, foi empreendedora no mercado de varejo de luxo em São Paulo (jóias exclusivas) durante quatro anos. Atualmente é conselheira da EdgeMakers, startup de inovação na educação do Vale do Silício, além de articulista e palestrante nas áreas de liderança feminina, comunicação, marketing, networking e storytelling.

O futuro da mídia

              Publicado em 08/06/2015

No final de maio passado fui convidada a participar do Mídia Master Brasil (www.midiamasterbrasil.com.br/eventos/2015/mmb), um evento organizado pelo Meio&Mensagem, com o patrocínio de veículos e fornecedores de comunicação.

Éramos cerca de 90 participantes, executivos de agências de publicidade e de empresas “clientes”, em sua maioria,  Durante dois dias e meio vivemos uma experiência de aprendizado da Hyper Island (www.hyperisland.com) , a mais cultuada escola de inovação digital da atualidade.

Ao longo do evento, Anders Sjöstedt (@anderssjostedt) e Inaki Escudero (@inakiescudero), ‘professores’ diretores da Hyper Island, nos desafiaram  a repensar o universo da mídia brasileira e como inovaremos para continuarmos competitivos, num mundo cada dia mais digitalizado.

Não há duvida de que o digital e o desenvolvimento tecnológico mudaram e continuarão mudando a relação das pessoas entre si e com as marcas. Assim como não tem sido fácil entender quais tendências e tecnologias nos afetam e afetam nossos negócios. Imagine o quão difícil é prever o que está por vir, mantendo-nos atualizados sobre as inovações que surgem a cada instante, de qualquer lugar.

Nesse contexto, que papel as marcas têm nas nossas vidas? E o que podemos aprender com as marcas icônicas que simplesmente desapareceram, em algum lugar do passado? Que atitudes, comportamentos e crenças as destruiram? Quais crenças positivas nos ajudarão a evoluir e a evitar que sabotemos as inovações que garantirão nosso futuro?

Faz tempo que o processo de comunicação deixou de ser linear. Não existem mais verdades absolutas. Esse admirável mundo novo digital é ditado pela autenticidade, participação, colaboração e conversão. Não faz sentido continuar “criando e executando campanhas publicitárias para acertar o alvo”. Não estamos numa “guerra”. E queremos muito mais que aliados, queremos protagonistas, defensores das nossas marcas.

Para isso, precisamos de uma causa, um propósito que faça sentido e engaje nossos interlocutores. E precisamos usar a tecnologia a nosso favor, estabelecendo um diálogo com conteúdo e contexto relevantes para eles, fazendo o uso eficaz do “big data”, mesclando fontes externas e internas de dados para criar personalização, investimentos inteligentes em mídia e novos negócios para nossas marcas.

E temos que quebrar paradigmas, aprender fazendo, prototipar nossas idéias de maneira fácil, rápida e barata. Romper barreiras, questionar fronteiras, deixar de ter “aquela velha opinião formada sobre tudo”. Precisamos trabalhar de maneira colaborativa a favor das marcas, usando e-lancing, crowdsourcing ou qualquer outro modelo inovador que surja.

Temos que liderar a descontinuidade e a re-criação do nosso modelo de negócio antes que alguém o faça. Cabe a nós promover a mudança e sermos os co-autores dessa história.

Afinal de contas, “o futuro não é mais como era antigamente.” E a mídia também não... 


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