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COLUNAS


Renato Mugnaini


Formado em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie, Pós Graduado em Consultoria em Internet pelas FASP, MBA em Marketing e Vendas pela FGV. Possui experiência de mais de 20 anos em propaganda, comunicação para web e planejamento de campanhas de Endomarketing. Atualmente é responsável pelas áreas de Marketing e Vendas da Seepix Digital. 

TV Educação

              Publicado em 01/06/2015

Entidades de ensino possuem públicos que estão, em grande parte, na operação, cuidando do back office e, portanto, não trabalhando em frente a um computador. A equipe ora está atendendo ao cliente final, o aluno, ora está em reuniões administrativas e pedagógicas. Boa parte dos funcionários de uma escola são docentes que estão - ao vivo e presencialmente - diante de seu consumidor e com a possibilidade, ainda, de estarem se deslocando de uma unidade para outra.

Mas estas condições de trabalho mais fora da tela do que dentro delas se parecem muito com a realidade de diversas empresas, portanto, caberia perguntar se uma TV corporativa que resolve tantos problemas nas empresas poderia ser um canal valioso, também, dentro das escolas?

Conversando com uma profissional da área descobri o seguinte.

Dado, justamente, a esse perfil de deslocamento constante de seus funcionários e à necessidade permanente de formação, a TV educativa vem se tornando um recurso imprescindível nas escolas, particularmente, àquelas que se constituem como uma rede e tem como um de seus principais problemas a construção de uma filosofia e ação comuns que permeie todas as unidades. 

Falar com todos ao mesmo tempo, garantir que ninguém seja excluído do processo de informação e possam ter sempre mais claro os rumos pontuais da gestão no dia a dia são sonhos de consumo do gestor.  O custo desse processo costuma ser muito alto: incontáveis e dispendiosas reuniões, ofícios aborrecidos, avisos que se perdem em murais... enfim, nada de novo sob o sol!

A chegada da TV Educativa na escola trouxe um dinamismo quase tardio e deu um novo impulso à formação de professores e de alunos: o centro nevrálgico deste negócio.  E muitos são os fatores que comprovam isso. As palestras, por exemplo, são um instrumento importante e muito utilizado nas escolas, mas costumam ter um custo alto. A possiblidade de se contratar um palestrante e multiplicar a sua fala por todas as unidades de modo assíncrono não só facilita a administração da Rede como permite a reutilização da mídia adquirida com os novos colaboradores que chegam a todo momento. Outro aspecto fundamental com o qual a TV Educativa vem colaborando é de – em tempos de home office – reunir equipes sem o custo do deslocamento em si bem como o custo do tempo do deslocamento que por vezes envolve diárias, hotéis, alimentação, etc.

A eficiência da telecomunicação antes era um pouco desanimadora pela impossibilidade de interação on line o que, também, já foi superada sem grandes crises tecnológicas mesmo para unidades educativas com recursos técnicos reduzidos.

Outra contribuição possível se relaciona à possibilidade de não se perder e de disseminar boas práticas pedagógicas. Quem teve boas aulas nos laboratórios de física, química ou biologia? Quem fez ótimas experiências de leitura? Alguém as fez! E onde elas estão? A TV educativa poderia constituir-se num banco de boas práticas disseminando uma inveja boa entre os docentes e/ou suas respectivas unidades de ensino sendo de grande apoio para os coordenadores pedagógicos que – assoberbados atendendo a pais e alunos – costumam ter dificuldade para insuflar em seus professores de tantas áreas diferentes, maior criatividade e profundidade técnica.

Mas há ainda dois outros aspectos que a rede televisiva contribui de modo efetivo:  nas comunicações de cunho administrativo e cultural. São inúmeros os comunicados que circulam em uma escola que costuma ser um conjunto efervescente de ações, problemas e soluções. Lembremos que o “cliente” de uma instituição de ensino passa seus 16, 18 primeiros anos de vida dentro dela cabendo a escola ser parceira nas infinitas transformações que ele percorrerá. Cada vez que um garoto se forma, outros tantos, engatinhando, chegam... é um processo que – se houver êxito – não tem fim! Com esse dinamismo e metamorfose do cliente, há sempre muito o que comunicar!

Por isso, também, um instrumento de mídia com esse grau de potencialidade pode ser um canal interessantíssimo para que os alunos construam e divulguem seus trabalhos. Que aluno, hoje, não tem alguma intimidade com fotos e vídeos? Por que não transformar essa habilidade com a qual a escola tradicionalmente se digladia e transformá-la em um instrumento produtivo de conhecimento? Por que os trabalhos dos alunos não poderiam ser apresentados em vídeos? Em músicas? Por entrevistas? A TV digital é um instrumento por demais rico para que as escolas o ignorem. Todo folder, todo site de escola preconiza a construção do conhecimento e o protagonismo; mas – no final – a escola se volta para o livro e para a prova escrita. Certamente, podemos ir mais longe!

                                                        

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Colaborou neste texto

Cecília Canalle, especialista em Linguagem pela Unicamp, mestre e doutora em Educação pela Universidade de São Paulo, foi diretora e coordenadora de diversas escolas. Atualmente, ministra o curso de Comunicação empresarial na Fatec Sebrae/SP. 


Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor. 1520

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