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Renato Martins


Relações Públicas, Publicitário, Mestre e Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUCSP. Pesquisador e Professor de Graduação e Pós da Universidade Estadual de Londrina. Consultor nas áreas de Marketing, Comunicação Mercadológica, Relações Públicas e Propaganda. Avaliador do MEC/INEP, Institucional, de EAD e de cursos. Pós-doutor pela USP com Pesquisa em Comunicação Mercadológica Internacional.

As empresas brasileiras em negócios globalizados

              Publicado em 27/05/2015

A entrada massiva de investimentos externos no Brasil provocou um forte arrocho competitivo e uma grande pressão sobre as empresas nacionais. Mas essa fase já passou, mesmo que temporariamente. Resta saber o que se aproveitou dessa positiva fase econômica.

Há décadas entre os principais países em desenvolvimento que recebem investimentos estrangeiros, o Brasil convive agora com uma nova realidade e deve adotar uma posição cuidadosa entre os players no exterior. Essas novas forças – principalmente a falta dos investimentos do exterior – devem ser abordadas como uma estratégia de sobrevivência e necessária para acessar outros mercados e novas tecnologias.

Com um grande número de empresas brasileiras internacionalizadas, esta realidade constitui agora um desafio na gestão de seus recursos e também nas operações. As formas de lidar com essas questões em outros países não dependem exclusivamente da competência administrativa, mas também da habilidade em lidar com a cultura local e com a comunicação mercadológica, entre outras questões.

Essas organizações que operam no exterior enfrentam condições distintas das vividas no seu mercado de origem, o que cria uma grande competição entre os players globais. As empresas multinacionais dos países desenvolvidos focam suas atividades em marcas com alto valor agregado e desenvolvem comandos globais de produção em escala em uma economia globalizada, sobrando pouco espaço para esses “novos entrantes”.

A internacionalização das empresas brasileiras não deve ser considerada apenas como uma busca por novos mercados no exterior, mas também pelo aspecto competitivo, como fundamental para a sua sobrevivência no já concorrido mercado doméstico. Deve se focar no aumento de competitividade, para garantir a participação e crescimento no mercado interno. Para o Brasil, é importante ter multinacionais brasileiras competitivas em nível mundial para não acabarem sendo incorporadas por transnacionais de outros países.

Nesse aspecto, lidar com as questões transculturais deve ser constantemente aperfeiçoado por pesquisas, prospecção e observações de dados locais. Esforços neste sentido devem ser permanentes, e o fato de trabalhar com os valores organizacionais e a cultura certamente irão promover a melhora das empresas e da sociedade.

No mundo globalizado do Século XXI é importante interferir e tentar transformar a realidade social, com organizações mais responsáveis, éticas e mais justas. As organizações devem ter estratégicas administrativas e comunicacionais para fazer com que essa realidade seja possível e só assim as empresas brasileiras ganharão mercado e terão colaborado definitivamente com os países que pretendem explorar.


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