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COLUNAS


Eloi Zanetti
eloi@eloizanetti.com.br

Foi diretor de comunicação do Bamerindus e de marketing de O Boticário. Consultor e palestrante em marketing, comunicação corporativa e vendas. Publicitário premiado nacional e internacionalmente. Ambientalista, um dos idealizadores da Fundação O Boticário, conselheiro da SPVS e da TNC. Autor de vários livros – vendas, marketing e infantis com edições no Brasil e países hispânicos.

Primeiro de abril "dia da mentira" - a necessidade da astúcia

              Publicado em 01/04/2014

 A deusa da astúcia chama-se Métis, a primeira mulher de Zeus que a engoliu com medo de que ela tivesse um filho mais poderoso do que ele. Da cabeça de Zeus nasceu Atena, deusa da sabedoria, a quem os estrategistas (strategos- generais) solicitavam conselhos. Para os antigos gregos, o homem dotado de métis era sagaz, manhoso, malicioso, sabia se valer de artimanhas e ardiloso; valendo-se de artifícios e mentiras quando precisava. O guerreiro Ulisses (Odisséia) é a expressão máxima deste homem. 

 
Alguns esportes, como o futebol e o boxe usam e malícia e o embuste o tempo todo - o que é um drible do Neymar senão uma mentira? No boxe, ser malicioso e mentiroso é prova de maestria, por isso os golpes nascidos das simulações chamam-se finta, termo que designa um ou vários movimentos destinados a ludibriar o adversário para fazer com que ele acredite numa ação - que não acontecerá - e leve-o a tomar uma postura ou atitude ineficiente diante de um ataque. Políticos espertos são hábeis em usar tais artifícios. Nas batalhas e nos esportes existe a palavra tática que é colocar-se em disposição de combate a fim de tirar o máximo proveito contra o inimigo. Para isso se usa do ardil, da astúcia, da sagacidade, da esperteza e da mentira. Blefar é próprio de quase todos os jogos de cartas, por isso, ao jogarmos ou praticarmos esportes ou jogos temos que estar alertas quanto à utilização de truques e engodos por parte do adversário. 
 
Quando o teatro foi inventado surgiu a palavra fingir que significa modelar em barro. O mesmo que representar, imaginar, mentir, simular para enganar, fantasiar, inventar, supor, simular, ser hipócrita, falso ou fazer-se passar por aquilo que não é. A história é a seguinte: Um dos inventores do teatro grego - Téspis - apresentava suas peças (tragédias) que faziam enorme sucesso entre o povo. Sólon, legislador, jurista e considerado um dos sete sábios do seu tempo foi ver uma peça e ao terminar a sessão chamou Téspis e quis saber se ele não se envergonhava de mentir tão abertamente diante de todos. Téspis respondeu que aquilo que ele falava no palco não tinha a menor importância, uma vez que tudo não passava de uma peça de teatro, de uma mentira consentida.
 
O pior tipo de mentira é aquele que contamos a nós mesmos - o autoengano - e nesse caso cai como uma luva as palavras de Cristo - “a verdade vos libertará”. 

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