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COLUNAS


Eloi Zanetti
eloi@eloizanetti.com.br

Foi diretor de comunicação do Bamerindus e de marketing de O Boticário. Consultor e palestrante em marketing, comunicação corporativa e vendas. Publicitário premiado nacional e internacionalmente. Ambientalista, um dos idealizadores da Fundação O Boticário, conselheiro da SPVS e da TNC. Autor de vários livros – vendas, marketing e infantis com edições no Brasil e países hispânicos.

Piratas, contrabandistas e inovação

              Publicado em 17/10/2012
É um paradoxo, mas grande parte das inovações nas áreas da tecnologia da informação, web, está sendo realizada pelo pessoal da pirataria. As pessoas estão encontrando outros usos para as ferramentas inventadas pelas grandes corporações, muitas vezes com ideias totalmente diferentes daquelas que iniciaram o processo. Aplicativos geniais saem da cabeça e do trabalho dos informais que livres dos processos restritivos e dos sistemas fechados impostos pela burocracia corporativa deitam e rolam sobre o produto ou serviço base apresentado. Novos aplicativos pipocam a olhos vistos em todas as partes. O processo colaborativo das redes informais facilita a ousadia e em consequência a invenção. Piratas compartilham ideias, “gente séria” as esconde. Sucesso feito, depois, como nos velhos tempos, piratas são perdoados viram empresas/corsários e, oficializados, entram no mercado oficial.
 
Vale lembrar também que a maior parte das estradas, passos entre montanhas e caminhos interligando países, regiões e cidades foram abertas pelo pessoal da contravenção, contrabandistas. Em uma época que os governos bloqueavam os caminhos para a cobrança dos impostos, o famoso quinto, imediatamente o povo abria outro trecho, muitas vezes mais difícil de ser desbravado. Hoje rolamos por estradas que outrora eram caminhos de fuga ou escape e nem sabemos. Os governos, como sempre imobilizados em seus interesses não iam se dar ao trabalho de abrir tais estradas. E assim de contravenção em contravenção a humanidade prospera. 
 
 
 

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