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Jorge Cury Neto
jorgecuryneto@gmail.com

Graduado em Comunicação Social, com habilitação em jornalismo pela PUC-PR, desde 1972 atua no jornalismo de rádio e televisão, nas funções de repórter, apresentador, produtor e narrador esportivo.

Em 1996 fundou a Central de Radiojornalismo, incorporada a Webcombrasil em 2008, onde dirige um núcleo de pesquisa e estudo dedicado a comunicação oral que deu origem a formulação de uma nova área da comunicação, intitulada de voice design.

Em setembro de 2013, durante o 19º Congresso Internacional de Educação a Distância, realizado em Salvador, apresentou de um trabalho científico sobre voice design, aprovado pela comissão de análise e avaliação da ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância.

Jorge Cury Neto é presidente do Voice Design Institute, que oferece palestras, workshops e cursos presenciais e on-line, além de consultoria. 

O poder da palavra falada nos atinge por inteiro

              Publicado em 25/04/2012

A comunicação verbalizada ativa intensamente os mais variados estímulos sensoriais que vão além da função cognitiva, de transmitir conteúdos, mensagens inteligíveis. A palavra falada e ouvida age no imaginário, ativando o repertório existencial da nossa memória, armazenada dentro de determinados contextos.

Pelo fato da voz emitir som que são vibrações físicas que atingem não somente o nosso ouvido, mas o corpo todo, a partir da medula central. As ondas sonoras só se configuram como um som para as pessoas quando são percebidas pela audição entre 20 a 20.000 hertz, a partir daí os nossos ouvidos não ouvem, mas as vibrações sonoras não deixam de nos atingir.

Embora na física o som não passe de uma vibração, para a psicologia é uma espécie de experiência que o cérebro extrai de seu meio ambiente. Nós absorvemos os sons, sejam notas musicais, palavras cantadas e a palavra falada, mesmo que sutilmente, altera a nossa respiração, nossa pulsação, a pressão sangüínea, a tensão muscular, a temperatura da pele e outros ritmos internos, promove a liberação de endorfina.

O som emitido também pela voz humana afeta de forma sutil a nossa sensação de tempo e espaço e pode ser usada para agitar, acalmar ou modificar nosso ambiente. Segundo estudos do engenheiro e médico suíço, Hans Jenny que nos ajuda a entender como o som, da mesma forma que um oleiro modela o barro, nos molda e esculpe por dentro e por fora.

Dependendo das ondas e de outras características, os sons podem ter um efeito positivo ou negativo, de peso ou de leveza. O som é energia que pode ser organizada em formas, padrões, figuras e proporções matemáticas, assim na música, na fala e nas expressões de agonia ou de alegria. O som pode formar figuras geométricas complexas. Hans Jenny engenheiro e médico suíço, criou, por exemplo, vibrações em cristais através de impulsos elétricos e as transmitiu para uma chapa ou uma corda.

É importante fixar que a palavra falada e ouvida emitida pela voz humana é verdadeiramente musical. Ela contém uma condição melódica, ela é rítmica.

Se você gravar sua voz, por exemplo, quanto fala no telefone. Você vai constar à musicalidade da fala – dentro das quais se pode sentir a pulsações de um ritma que influencia o ritmo do pensamento e do comportamento.

Alfred Tomatis observa que Jesus conhecia o poder da audição. Para ele Jesus incorporava o Verbo – o Logos, o som perfeito. E a advertência de Jesus: “Aquele que tem uma orelha, deixai-o ouvir” – mostrando uma profunda compreensão do papel do ouvido e da voz na unificação da mente, corpo e espírito.

Todos nós precisamos ser ouvidos. Sabendo que somos ouvidos, começamos a amadurecer desenvolvendo idéias que irão prender a atenção dos ouvintes. Nunca é demais enfatizar a diferença entre ouvir e escutar. Ouvir é ativo enquanto escutar é passivo. Você não precisa ouvir para escutar.

O primeiro passa para ouvir bem é imprescindível silenciar as nossas "falas interiores",  evitar estabelecermos conexão daquilo que está sendo dito com outros pensamentos paralelos que tiram a nossa a atenção, ficar mais atento com que vamos dizer em seguida do que o que está sendo falada ou mesmo querer retirar da fala apenas as partes que digam respeito aos nossos interesses. Aprender a ouvir é o caminho mais seguro para falar e falar com assertiva e isso deve ser alvo de atenção especial de todo o processo da comunicação corporativa.


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