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COLUNAS


Lala Aranha


Conselheira da gestão eleita do Conrerp Rio de Janeiro (2016-2018), foi presidente do Conrerp na gestão 2013-2015. É professora convidada do MBA de Comunicação Empresarial da Estácio Rio de Janeiro; conselheira do WWF Brasil; ouvidora do Clube de Comunicação do Rio de Janeiro; colunista mensal da Aberje.com. Lançou o livro Cartas a um Jovem Relações Públicas (Ed. Elsevier 2010); foi diretora da CDN Comunicação Corporativa; fundadora e diretora da agência CaliaAssumpção Publicidade e presidente da Ogilvy RP. É bacharel em Relações Públicas pela Famecos, PUC-RS; MBA IBMEC Rio de Janeiro, dentre outros cursos no Brasil e exterior. RG Conrerp 1ª. 2965.

As Relações Públicas e a Ecosofia

              Publicado em 26/05/2011

Como menciono no livro Cartas a um Jovem Relações Públicas, a curiosidade é uma das características naturais da minha profissão. Não deixar nada “no ar”... Quando recebi o convite da ABERJE para o 46º. Encontro sobre Ecosofia e Mídias Digitais, no Rio de Janeiro, insisti na inscrição para participar do debate na Universidade da Petrobras e comecei a pesquisar, ler sobre e ouvir palestrantesna tentativa de obter respostas...Uma nova disciplina acadêmica está chegando ao Brasil... Além do “teaser”, o poder das redes digitais para alinhar essa nova área não poderia ser mais oportuno. Este ambiente democrático, que a Internet possibilitou e o homem criou, é o fórum ideal para a promoção do conhecimento e do debate da reforma do pensamento.

A Ecosofia promoveu minha releitura sobre o tema, pois até então, estava claro para mim que natureza e homem sempre trilharam caminhosparalelos. Oracional erao de que a natureza existia para satisfazer as necessidades do ser humano. Essa relação tem causado o tal de “efeito perverso”, quando a naturezareage ao desenvolvimento indiscriminado com alertas que precisam ser mais ouvidos e entendidos pela Sociedade. Expressões novas no nosso vocabulário têm sido incorporadas, como tsunamis, camada de ozônio e tantas outras.Com isso, percebi minha inclusão na categoria de predadores e não de construtores. O contexto do encontro versou sobre a construção de uma nova relação equilibrada entre a sociedade e a natureza.

O diferencial está na qualificação desta relação que deixa de ter mão única para se tornar um movimento de plena interação e de convivência mais profunda entre Homem e Natureza.Uma verdadeira simbiose na relação. Esta proposta claramente coloca o mundo “vivo” em patamares de valor acimade seus usos para satisfazer as necessidades do Humano.  Abre espaço para o reconhecimento de todos os seres vivos inseridos no planeta, onde cada um tem um papel para exercer, uma razão de existir mesmo sem aportar benefícios em curto prazopara a sociedade. Tudo converge, na ecosofia, para a ideia central de valorização da diversidade e de respeito a todas as formas de vida. 

A expressão ecosofia foi criada, na década de 1970,pelo filósofo norueguês Arne Naess, a partir da junção das noções de ecologia e filosofia. Naess percebeu a existência deuma filosofia de inspiraçãoecológica, construída pelo indivíduo que lhe permite situar filosoficamente as suas escolhas e as suas ações no âmbito da sua relação com o planeta, deixando para traz tanto o desenvolvimento tecnológico nocivo como o radicalismo do crescimento zero. A ecosofia busca produzir conhecimento que expresse novas formas de convergência em relação à tecnologia, à natureza e aos significados da ação do homem.  A tecnologia deixa de ser considerada uma forma de agressão à natureza para se tornar o ponto integrador e de equilíbrio.

Sem ser simplista, concluo que poderíamos criar um vínculo estreito entre a teoria exposta e a prática das relações públicas, no momento em que se propõe criar uma via de mão dupla na relação do Homem e Natureza, convergindo para um habitat único e não paralelo, e em permanente exclusão dos conflitospara a inclusão da harmonia. Como profissionais sempre alertas para buscar novas formas de construir relacionamentos, temos a oportunidade de participar deste novo movimento, colocando-o em prática em nossos projetos com a meta de chegar ao equilíbrio profícuo entre as divergências do planeta e a harmonia saudável entre todos os seres vivos.


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 2193

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