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COLUNAS


Lala Aranha


Conselheira da gestão eleita do Conrerp Rio de Janeiro (2016-2018), foi presidente do Conrerp na gestão 2013-2015. É professora convidada do MBA de Comunicação Empresarial da Estácio Rio de Janeiro; conselheira do WWF Brasil; ouvidora do Clube de Comunicação do Rio de Janeiro; colunista mensal da Aberje.com. Lançou o livro Cartas a um Jovem Relações Públicas (Ed. Elsevier 2010); foi diretora da CDN Comunicação Corporativa; fundadora e diretora da agência CaliaAssumpção Publicidade e presidente da Ogilvy RP. É bacharel em Relações Públicas pela Famecos, PUC-RS; MBA IBMEC Rio de Janeiro, dentre outros cursos no Brasil e exterior. RG Conrerp 1ª. 2965.

Novas ferramentas de gestão que resultam em boa reputação

              Publicado em 03/09/2015

Governança corporativa: compliance, transparência... ferramentas essenciais em uma organização para um trabalho eficiente de Relações Públicas

De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Governança Corporativa é “o sistema que assegura aos sócios-proprietários o governo estratégico da empresa e a efetiva monitoração da diretoria executiva… A boa governança assegura aos sócios equidade, transparência, responsabilidade pelos resultados - accountability - e obediência às leis do país - compliance”.

O poder público tem trazido à tona uma série de escândalos, principalmente no que se refere à corrupção, que atingem e envolvem diretamente as organizações privadas. Por isso, a complexidade do cenário empresarial e regulatório está aumentando significativamente -- uma proliferação de novos requerimentos regulamentares. Crescem expectativas dos stakeholders em relação a decisões de conformidade com os objetivos de desempenho e que dão proteção ao valor da marca. Além disso, casos recentes de exposição negativa da imagem de empresas gerada por outros fatos como o assédio moral, condutas antiéticas, fraudes, impactos ambientais e outras várias falhas de compliance  levam reguladores, investidores e o público em geral a prestar mais atenção do que nunca às práticas corporativas voltadas ao atendimento das questões regulatórias. Por outro lado, os custos de não estar em conformidade são elevados: dano à reputação da organização e da marca, exigências em relação às organizações e seus executivos -- processo administrativo, processo criminal, multas e, em alguns casos, a prisão.  O risco atrelado à reputação é, portanto, a sua potencial perda, que  leva a publicidade negativa, ausência de lucro, litígios caros, declínio na base de clientes e até a falência. Questões críticas de compliance incluem: atividade de prevenção às fraudes; segurança da informação; plano de continuidade de negócios; contabilidade internacional, fiscal e gerencial; gestão de riscos e de pessoas; atendimento a auditorias internas e externas; dentre outras.

Claro está que, a partir do final do século XX, as organizações devem comprovar para o mercado e a sociedade que estão ou já adotaram boas práticas de gestão. Ou seja, elas precisam estar em conformidade ou em compliance com a legislação externa e procedimentos internos. Por isso, qualquer possível desvio em relação à política interna é identificado e evitado. Com isso, sócios e investidores têm a segurança de que suas aplicações e orientações serão detalhadamente administradas segundo as diretrizes estabelecidas. A exigência é a de evitar, detectar e tratar qualquer inconformidade que possa  abalar a reputação de uma organização. [1]“Ser compliance” é conhecer as normas da organização, seguir os procedimentos recomendados, agir em conformidade com a lei e sentir quanto é fundamental a ética e a idoneidade em todas as atitudes. “Estar em compliance” é estar em conformidade com leis e regulamentos internos e externos. “Ser e estar em compliance” é, acima de tudo, uma obrigação individual de cada colaborador dentro da instituição”.

Ao estar em conformidade com as boas práticas e padrões existentes atualmente, a organização destaca-se e recebe o reconhecimento do mercado -- uma vantagem competitiva -- além de obter outros benefícios, como desconto em linhas de crédito, valorização da organização pelos stakeholders, melhor retorno dos investimentos.  A organização aprimora seu relacionamento com reguladores, acionistas, clientes e outros públicos-alvo, torna-se referência pelos seus elevados padrões ético-culturais e pela transparência na condução de sua gestão e disseminação de informações ao mercado e à sociedade.

Quando argumento que essas ferramentas são de grande auxílio na fixação de uma marca íntegra e uma imagem positiva, quero dizer que vieram para colaborar na criação, implementação e valorização de políticas de comunicação, de manuais de crise e de relacionamento com stakeholders. Vieram, acima de tudo, para resguardar a reputação da organização, de seus executivos e corpo funcional, alvo de todo o trabalho que desenvolvemos nas Relações Públicas. 

 

[1] Fonte: Função de Compliance, documento redigido pela Associação Brasileira de Bancos Internacionais - Comitê de Compliance e FEBRABAN - Federação Brasileira de Bancos, pela Comissão de Compliance.

 


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