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COLUNAS


Lala Aranha


Conselheira da gestão eleita do Conrerp Rio de Janeiro (2016-2018), foi presidente do Conrerp na gestão 2013-2015. É professora convidada do MBA de Comunicação Empresarial da Estácio Rio de Janeiro; conselheira do WWF Brasil; ouvidora do Clube de Comunicação do Rio de Janeiro; colunista mensal da Aberje.com. Lançou o livro Cartas a um Jovem Relações Públicas (Ed. Elsevier 2010); foi diretora da CDN Comunicação Corporativa; fundadora e diretora da agência CaliaAssumpção Publicidade e presidente da Ogilvy RP. É bacharel em Relações Públicas pela Famecos, PUC-RS; MBA IBMEC Rio de Janeiro, dentre outros cursos no Brasil e exterior. RG Conrerp 1ª. 2965.

Que país tem a capacidade de construir aviões e exportar frutas e flores? Precisamos de um Projeto de País! Plano Nação!

              Publicado em 10/01/2016

Neste início de 2016, fico lembrando que a gente já viveu governos,  em passado recente,  sem grau de investimento e uma grande desvalorização de nossa moeda. Mais do que um downgrade! Em seguida, lembro também que superamos tudo isso com muita inteligência, trabalho e lutando contra os ventos uivantes. Assim nos tornamos, ainda que por um período limitado, é certo, um país vencedor e que conquistou a admiração do mundo.

Tivemos dois governos que desafiaram a inflação e venceram e outro que deu acesso ao emprego e ao consumo, fazendo a felicidade de milhões de brasileiros. Tudo muito bem planejado. Aqueles governos conquistaram suas metas não por ações superficiais ou maquiadas, economia sem orientação, jogando o lixo debaixo do tapete para disfarçar os problemas mais visíveis e esconder os mais consistentes. Foram gestões de pulso forte, controladoras das crises aqui e lá fora. Cortaram fundo. Custou muito. Mas todos irmanados por uma corrente de produção, de brasilidade e de empreendedorismo.

Sim, somos um país de empreendedores. Numa pesquisa recente do GEM (Global Entrepreneurship Monitor), mais uma vez o Brasil -- entre 70 países, cobrindo 75% da população global e 90% do PIB mundial --, apareceu à frente, com a maior taxa de criação de negócios entre a população economicamente ativa. Antes criávamos negócios geralmente informais, para sobreviver. Agora, nossa qualificação está entre os empreendedores que, ao identificar um espaço no mercado, criam uma empresa para capitalizar sobre o nicho não atendido.  O brasileiro adquiriu a cultura do empreendedorismo e já arquiteta a passos largos o processo de produção com inovação. 

Aqui neste espaço, já conclamei, como relações-públicas e cidadã, os comunicadores a criar uma campanha para elevar nossa autoestima e mostrar ao país e ao mundo tudo o que temos de positivo. Agora, como relações-públicas, cidadã e brasileira, vou mais longe. Precisamos de um projeto de nação.

Para tal, estou segura que nos falta um planejamento econômico, seja micro ou macro, com prazos mais dilatados e resultados mais claros e que nos leve para além do jogo politico partidário. E uma campanha de conscientização para o compartilhamento da Sociedade. Vamos ressuscitar aqueles intelectuais e cabeças de notório saber da economia política que, unidos pelo mesmo bem comum, assessoraram os governos vencedores a combater a inflação, o desemprego, a falta de segurança, a questão da saúde, da educação e da desigualdade social, desvalorização do cruzado e a redistribuição do recurso público... Onde estão aqueles ilustres que trabalharam para o “Plano Real”, para a “Fome Zero” e que contribuíram para os planejamentos econômicos daqueles governos? Se não são os eleitos para o Projeto, onde estão seus herdeiros? Quem são eles hoje em dia? Óbvio que estão por aí exercendo gestões super viáveis e qualificadas. 

Vamos ver se a sociedade e o governo se motivam para esta mudança total. Que sejam mais humildes para chamá-los e se assessorar da contribuição dos ‘notáveis’ que realmente entendem de Brasil. Que falem alto. Que pensem grande. Que criem uma visão para um Projeto de País. Plano Nação! A hora é esta.


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1117

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