Peço licença aos leitores da coluna para publicar um texto diferente. Na verdade, é uma singela homenagem a uma mulher iluminada, que construiu uma admirável história de fé e de amor. Criou 10 filhos, com um amor incondicional e uma sabedoria que nenhuma escola lhe ensinou. Formou uma família linda, na qual tenho a honra de ter sido acolhida e faço parte, como nora, há 20 anos. “Dalvinha”, como era conhecida por todos, pequenina mas de alma gigante, cumpriu sua missão na terra. Agora, aos 85 anos, chegou a hora de partir. O céu está em festa.

 
“Que a vovó tenha um lindo encontro com o vovô lá no céu. E que descanse em paz”.
Pedro Weber, 9 anos, em suas orações ao Santo Anjo.

Mulher guerreira, esposa parceira.

Foi mãe leoa, avó gente boa,

Uma bisa presente.

Cristã fervorosa, amiga bondosa, um ser reluzente.

Noras e genros, vizinhos, parentes,

Todos cabiam em seu coração

Com igualdade, cumplicidade e compaixão.

Não semeou tristeza, nem sua dor,

Estava sempre sorrindo, cultivando o amor.

Não tinha maldade, não tinha rancor.

Não julgava, não reclamava

Dos espinhos que a vida traçou.

Generosa, determinada,

Sua fé jamais se abalou.

Sempre cantava, sempre rezava,

Tinha a palavra e o dom do perdão.

Não se cansava, ela acreditava

Na força da família e da união.

Uma vida plena e bem vivida,

Morreu serena, missão cumprida:

Servir o outro e fazer o bem.

Rezemos por ela, cantemos com ela,

E que os anjos digam amém.

 
E que nós, por aqui, possamos refletir e aprender com os ensinamentos que ela nos deixou. E continuar nossa trajetória com mais alegria, leveza e serenidade.

A D. Dalva, meu respeito e admiração. E meu muito obrigada.