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Malu Weber


Gerente Geral de Marca e Comunicação Corporativa do Grupo Votorantim e Membro do Conselho Deliberativo da Aberje, Malu é formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná/PR e Unaerp/SP, pelo Programa de Gestão Avançada do APG (Amana Key) e pelo Curso Internacional de Comunicação Empresarial (Aberje/Syracuse University). Possui especialização em Comunicação de Marketing e pós-graduação em Comunicação com o Mercado na ESPM/SP.

Sua principal missão atualmente é estabelecer uma plataforma de reputação e uma arquitetura global de marca que gere valor no relacionamento com stakeholders e contribua para a construção da imagem da Votorantim e de suas empresas, no Brasil e nos mais de 20 países em que estão presentes. 

As manobras (políticas) que aprendi na aula de skate

              Publicado em 16/07/2010

E movimentos radicais que vão muito além de "ollies e nollies"
 
Nunca imaginei que pudesse aprender tanto em apenas uma aula de skate. Não, amigo leitor, não fui para a pista arriscar a “dropar” ou aprender a fazer “ollies e nollies”(movimentos básicos do skate). Fui acompanhar Pedrão em seu esporte preferido (o que normalmente é tarefa do pai). E nesse dia, para minha sorte, além do orgulho de mãe ao ver o desempenho do filho (quem sabe, um futuro campeão, como Tony Hawk?) reconheci claramente, naquele ambiente, muito mais que manobras radicais: existem ali manobras políticas típicas do mundo corporativo, onde também temos que aprender a lidar com obstáculos e com situações bem parecidas.
 
Quando você é novato e está chegando pela primeira vez  em uma pista de skate, precisa conquistar respeito. Tem que ser acolhido pelos colegas e só depois começar a demarcar espaço. E o primeiro movimento deve ser o de conhecer as pessoas, as manobras, as características de cada atleta, além de identificar quem são os principais líderes, para então pensar na melhor forma de se aproximar, fazer aliados e ser aceito pela turma. Por isso que o fato de observar os outros é tão importante, pois dessa forma será mais fácil saber a hora de avançar e a hora de recuar.
 
Um bom exemplo para entender a importância dessa "leitura" é o que acontece na pista em formato de concha, onde apenas um skatista anda por vez.  Quando o colega erra, rapidamente “sai fora” e logo outro se apresenta. E todos ficam em volta da pista, a postos, aguardando uma oportunidade. Mas é preciso dar sinal. Levantar a mão ou se pronunciar. Pois se você não se posiciona, não será percebido e não terá a menor chance de treinar ou de mostrar o que sabe. E quanto melhor for, tecnicamente, e melhor souber transitar, politicamente, neste espaço, maior consideração terá dos demais.
 
Outro sinal típico nesse ambiente de skate são os aplausos e os gritos de “yeahhh”, importantes termômetros que indicam o quanto a manobra feita foi considerada arrojada ou inovadora – e  quanto o skatista é respeitado e admirado pelos presentes. Portanto, ter coragem é requisito fundamental.  Conquistou espaço? Então é hora de arriscar, dominar outra manobra, sabendo que você pode errar, que vai cair e terá que levantar, de cabeça erguida, frente a desconhecidos e diante de uma plateia bastante diversa, onde uns estarão torcendo por você, outros nem tanto: mais um motivo porque ter proteção é fundamental, tanto do capacete quanto do seu anjo da guarda...
 
Quando finalmente aquela aula de skate termina, não tenho mais a menor dúvida: seja qual for a "pista" em que estivermos andando,  seja no ambiente corporativo ou fora dele, é preciso talento, atitude, jogo de cintura, articulação política, coragem, persistência e muito, muito equilíbrio. E é preciso lembrar também que os obstáculos vão existir sempre.  E passar por cima deles nunca será o melhor caminho. As chances de tropeçar são enormes. Devemos aprender a reconhecê-los e desviá-los quando possível. Quando não for, aí, sim, devemos enfrentá-los e saltá-los com estilo próprio e com muita determinação, conscientes de que obstáculos também podem nos ajudar a evoluir, exigindo cada vez mais de nós e nos fazendo amadurecer. Até porque depois de superarmos "ollies e nollies" estaremos prontos e preparados para desafios ainda mais radicais.


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 1999

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