Busca avançada                              |                                                        |                            linguagem PT EN                      |     cadastre-se  

Itaú

HOME >> ACERVO ON-LINE >> COLUNAS >> COLUNISTAS >> Rosâna Monteiro
COLUNAS


Rosâna Monteiro
ketchum@ketchum.com.br

Sócia-diretora da Ketchum Estratégia, agência que ajudou a fundar em 1987. É presidente do Comitê de Ética da Abracom - Associação Brasileira das Agências de Comunicação - e presidente do Sinco - Sindicato Nacional das Empresas de Comunicação. Tem sólida expertise em gerenciamento de crises, posicionamento de marcas e imagem corporativa e formação de fontes de referência de diversos clientes.
Aqui, neste espaço, escreverá a quatro mãos, com os executivos da Ketchum Estratégia, artigos sobre Relações Públicas, abordando tópicos de Imprensa, Mensuração de Resultados, Comunicação Digital, Comunicação Corporativa, etc.


 

ConsumidorAs no controle

              Publicado em 11/05/2010

As mulheres, responsáveis por 85% do consumo primário de produtos e serviços, nunca estiveram tão ocupadas. Caracterizada por suas multifunções, a mulher de hoje agora carrega consigo mais um rótulo: a de formadora de opinião que expressa seus pensamentos sobre tudo que impacta sua vida.

Esse novo fato cria um desafio para marketeiros e comunicadores sobre como atingir essa audiência lucrativa que, a cada dia, ganha mais força e voz na sociedade. Num futuro muito próximo, eu acredito que as consumidoras irão assumir o papel de “co-gestão” de marcas e negócios, juntamente com os gerentes de marcas, donos de pequenas empresas e diretores de marketing. Na verdade, elas já cumprem esse papel, só que ainda não sabem disso. Mas essa parceria só existirá para marcas que ousarem abrir mão e dividir a direção com seus consumidores.

A cada dia, pessoas comuns estão mais conectadas e com maior controle da comunicação. De acordo com o BlogHer (www.blogher.com), 42 milhões de mulheres são blogueiras em todo o mundo.

A tecnologia possibilitou a superconectividade entre mulheres de todas as classes e idades em todo o planeta. Apertando um simples botão, uma pessoa pode começar uma mudança gigantesca, positiva ou negativa, em sua vida. Nesse processo de união global do sexo feminino, fãs de marcas podem fácil e rapidamente dividir suas boas impressões com outras pessoas. Só que más experiências também podem ser postadas e espalhadas em questão de segundos.

Essas vozes estão mais acessíveis do que nunca e, agora, esperam que os marketeiros as escutem. Gostando ou não, as mulheres estão tomando o controle de marcas e negócios que representam algo para elas. Esse fenômeno é mundial e indica que gerentes de marcas e donos de negócios estão perdendo um grau de controle significante sobre a percepção de seus produtos.

Muitas fontes apontam na direção de que o aumento do envolvimento do consumidor será um processo natural e revolucionário do marketing. Assim como os relacionamentos na vida real precisam de tempo para serem construídos, também é necessário tempo e dedicação para construir um vínculo com os consumidores. Essa evolução no processo é uma ótima notícia para a atividade de relações públicas, uma disciplina do marketing construída no conceito de desenvolvimento de relacionamentos – sejam eles online ou offline. 

Perder um pouco do controle da sua marca é algo bom e inevitável, caso você queira ter sucesso no futuro. As opiniões e participações dos consumidores adicionam novas ideias para desenvolvimento de produtos, marketing e criação de novos hábitos de consumo.

Abrir mão do controle para consumidores não é uma decisão fácil. A escolha de como repassar esse controle deve estar alinhada com a essência da marca ou com a cultura corporativa da empresa. Baseando-se no fato de que consumidores, especialmente as mulheres, dizem que amigos e família são fontes de informação confiável, perder um pouco do controle deve ser ao menos algo a ser levado em consideração.

Hoje em dia, as mulheres têm as ferramentas e o know-how para conseguir aquilo que querem, mesmo sem que isso exista no mercado. Se os marketeiros não as estão escutando, elas procurarão outro foco e não necessariamente o concorrente tradicional. Milhões delas já fazem isso e irão dividir o market share de muitos produtos como se fosse um milhão de navalhas. Marcas e negócios perderão muito, se não envolverem e convidarem as mulheres a assumir um pouco do seu controle.



*Escrito por Rosâna Monteiro e Kelley Murray Skoloda, sócia-diretora da área global de Brand Marketing na Ketchum EUA e autora do livro Too Busy to Shop: Marketing to “Multi-Minding” Women.


Os artigos aqui apresentados n�o necessariamente refletem a opini�o da Aberje e seu conte�do � de exclusiva responsabilidade do autor. 2317

O primeiro portal da Comunicação Empresarial Brasileira - Desde 1996

Sobre a Aberje   |   Cursos   |   Eventos   |   Comitês   |   Prêmio   |   Associe-se    |   Diretoria   |    Fale conosco

Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial ©1967 Todos os direitos reservados.
Rua Amália de Noronha, 151 - 6º andar - São Paulo/SP - (11) 5627-9090