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COLUNAS


Gilda Fleury Meirelles
gildafleury@ibradep.com.br

Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em relações públicas pela FAAP / SP, Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero / SP; fez vários cursos de educação empresarial, entre eles pela Universidade Syracuse (USA) e Aberje. É consultora, assessora, instrutora e professora de comunicação empresarial, protocolo, cerimonial, eventos e cultura internacional – hábitos e costumes dos povos.

Autora dos livros “Tudo sobre Eventos”; “Eventos – Seu Negócio, Seu Sucesso”; “Protocolo e Cerimonial - Normas, Ritos e Pompa” (4ª edição); e coautora do livro “O Negócio é o Seguinte – Hábitos e costumes dos povos e sua influência na vida empresarial”. Articulista de jornais e revistas, do site Ibradep e Aberje; painelista e conferencista em eventos nacionais e internacionais.

Atualmente, é presidente da delegação do Brasil no Consejo Superior Europeo e Iberoamericano de Doctores Honoris Causa (Barcelona, Espanha); professora da pós-graduação em Planejamento e Organização de Eventos, da FAAP / SP; de cursos e do MBA em Gestão da Comunicação Empresarial da Aberje; e de cursos do Ibradep – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Comunicação, Capacitação Profissional e Empresarial, do qual é diretora.

Feliz Ano Novo

              Publicado em 14/12/2009

A magia do Réveillon

 

Datas são pretexto para tudo. Final de ano, então, nem se fale. Não é uma data protocolar, mas o cerimonial do reveillon ninguém se esquece.

Cerimonial? Será mesmo? Pode ser que sim. Cerimonial é o evento, a seqüência de acontecimentos.

Mas, e o resto? O que nos marca, mesmo? Superstições, crenças, simpatias, mas que nos fazem tão bem, que transformam a data em um mega cerimonial.

Quem não está vestido de branco? Pelo menos uma peça, nem que seja íntima? Só para trazer paz. E o dourado, sinal de dinheiro? E a prata, simbolizando o futuro, a modernidade e as novas tecnologias?

É pretexto para acreditarmos no inacreditável; crendo que tudo que queremos acontecerá se comermos as sementes da romã – pode ser de uva, também; se jogarmos flores a Iemanjá, se dermos sete pulinhos nas ondas do mar.

E mais, ainda. É pretexto para tudo – para emendar a semana, para enrolar no trabalho, para escrever mil e-mails, dar vários telefonemas, falar com um amigo velho, conversar com o novo amigo, sorrir para o idoso e para a criança na rua; fazer aquela viagem planejada (ou improvisada; vale tudo), escrever uma lista de decisões para o ano novo – que serão realizadas, sabe-se lá Deus quando –, rever a lista do ano passado acrescentando alguns itens; visitar os avós e tios, mimar os sobrinhos, reunir os filhos, beijar e apertar muito os netos, aproveitar a presença dos que estão aqui, chorar a ausência dos que já partiram.

E mais. É pretexto para sonhar, desejar, querer, para procurar aquele cometa no céu, para namorar olhando a lua, para ver as estrelas buscando uma cadente – aí, sim, fazemos rápido um desejo que será realizado (tenham certeza disso! Garanto!); para brindar e beber champagne com mil bolhinhas, para sonhar mais um pouco, para abraçar, para beijar muito e para amar.

É um dia maior, magnífico, esse 31 de dezembro. Poderoso, mesmo. Capaz de nos fazer acreditar em tudo, em milagres, até.

Muito melhor que o dia do aniversário. Aliás, esse eu, pessoalmente, detesto. Não é a perspectiva de ficar mais velha, mas o aniversário me deixa exposta, vulnerável, esperando algo que não sei o que é e que nunca acontece. Não gosto dele. Quando você é criança há uma expectativa, uma magia, talvez; mas quando adultos essa aura desaparece.

31 de dezembro é muito melhor, também, do que o Natal. Embora, este traga consigo um cerimonial típico de cada cultura e, muitos, ou poucos, presentes, traz também muita nostalgia. Fico triste, sempre.

A passagem de ano, não. Traz esperança, abraços, beijos, sonhos, velhas amizades, amizades novas, parentes distantes, parentes sempre presentes, risos, choros de emoção, encontros, reuniões, festas, brilhos e fogos. Tem até um dia de trégua na guerra, permissão para alguns detentos celebrarem a data com os seus.

Quer se lembrar de algumas simpatias? Vamos, anote aí, e quem sabe...... a sorte lhe sorrirá em 2010:

Lentilhas – comer uma colher garante um ano inteiro de fartura. Essa superstição foi trazida pelos imigrantes italianos.

Uvas – comer 12 uvas verdes à meia-noite do ano novo garante prosperidade e fartura durante os 12 meses do ano.

Romã – para trazer fortuna devemos comer algumas sementes da fruta e, no dia de Reis (6 de janeiro), colocar caroços dentro da carteira, para ter dinheiro durante todo o ano.

Carne de porco – como o porco fuça para frente, acredita-se que garante armários cheios o ano todo. Cuidado com as aves que fuçam para traz.....

Folha de louro – guardar uma folha de louro de deixá-la dentro da carteira o ano inteiro garante dinheiro abundante.

Três pulinhos – dar três pulinhos com uma taça de champanhe na mão, sem derramar uma gota. Depois, jogar todo o champanhe para trás, de uma vez só, sem olhar. Você deixará para trás tudo de ruim.

Quantas superstições e crenças. Esse 31 de dezembro tem a capacidade de nos fazer poderosos, capazes de ditar as regras para os próximos 365 dias, tornando tudo possível.

É o cerimonial do futuro, da esperança.

Mesmo que no dia 1º de janeiro essa magia desapareça, e o início da batalha anual desponte ao longe, fazendo-nos ver que 31 de dezembro foi um dia comum.

Mesmo assim, meus amigos, FELIZ ANO NOVO, muita paz, saúde, amor e principalmente esperança, pois esta acredito sempre, é capaz de tornar seu sonho, uma realidade.


Os artigos aqui apresentados não necessariamente refletem a opinião da Aberje e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade do autor. 1173

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