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COLUNAS


Augusto Pinto


Engenheiro de formação, Augusto tem mais de 30 anos atuando no mercado de TI. Iniciou a carreira na IBM, de onde saiu para se tornar um executivo bem sucedido na indústria de software. Foi o 1º presidente da SAP Brasil, onde atuou por sete anos, e também VP América Latina da Siebel Systems. Atua há 13 anos em Comunicação Corporativa, como sócio fundador da RMA Comunicação. Augusto iniciou a RMA com a visão de auxiliar empresas de tecnologia a traduzirem seu valor para o mercado. O sucesso obtido no mercado de TI levou a empresa a outros mercados, como saúde e educação, onde se consolidou com a imagem de líder visionária.

Como se comunicar com quem tem preguiça de ler?

              Publicado em 11/02/2016

A Internet, o Facebook e a enorme quantidade de informações com que somos bombardeados diariamente criou em todos nós um cacoete: temos preguiça de ler um texto longo. Quando um post é muito interessante, a gente lê o primeiro parágrafo; quando é algo interessante, apenas corremos os olhos. E depois, na maior cara de pau, damos um “like” e/ou compartilhamos.

Esse tipo de comportamento nos leva à distração quando lemos algo mais profundo que um post. Lendo um artigo interessante de jornal ou revista, e mesmo um livro, temos a tendência da fazer leitura dinâmica. Muitas vezes pulamos as partes descritivas ou contextualizantes de um texto, o que implica em um pecado mortal: deixamos de apreciar a arte, a beleza de estilo da narrativa. Imaginem alguém fazendo leitura dinâmica de Guimarães Rosa ou Cervantes!?

Mas, gostemos ou não, esse é o comportamento que pouco a pouco a Internet plasma em todos nós. O desafio então é: como enganchar o leitor e ganhar sua atenção, dentro do mar de irrelevâncias que o cerca?

No passado, o gancho era o headline (título livro, da matéria, do artigo). Hoje isso já não é mais suficiente. O título continua, sim, sendo megaimportante, mas precisa de um impacto adicional, que é a imagem. Imagens fortes, de impacto, emocionantes, curiosas, enfim imagens catching, despertam nossa curiosidade, que liga à paciência para ler um texto mais atentamente.

A imagem chama a atenção do leitor para aquilo que queremos destacar no texto. Muitas vezes avaliamos uma imagem dentro de um texto apenas por seu efeito decorativo. Na verdade, a imagem é um simples gancho para a leitura do texto, mas um estimulante imprescindível. E isso vale para qualquer categorias de público ou canal. A imagem estimula o imaginário, funcionando como uma espécie de prólogo visual ao texto.

Imagens dentro de um texto têm diversas funções: descrever, narrar, expressar, suavizar (o texto), persuadir, pontuar, chamar a atenção para a linguagem, ou simplesmente brincar, intrigar. Na verdade, raramente a imagem exerce uma única função, mas, da mesma forma como ocorre com a linguagem verbal, as imagens associadas a um texto devem ser hierarquizadas. Por exemplo, na literatura infantil as imagens, seguindo uma cronologia, auxiliam na leitura efetiva e na compreensão do texto.

Não é muito diferente em textos para o público adulto. Imagine um post de blog gourmet sobre uma experiência de jantar num novo restaurante. O autor agregou ao texto várias fotos: o bar, o ambiente do restaurante propriamente dito, a adega e os pratos degustados, da entrada à sobremesa. Percebem que as imagens darão um sentido à narrativa: o ambiente, a carta de vinhos, o menu, o visual estimulante dos pratos. Não faria nenhum sentido que a primeira foto fosse da sobremesa...

Aí chegamos a um ponto crítico: a escolha da imagem. Se as imagens escolhidas devem induzir comportamentos em relação à leitura, se seu efeito não é meramente decorativo, então a seleção tem que seguir alguns critérios. Destaco abaixo dois pontos fundamentais:

  1. Qualidade. Precisamos procurar imagens de qualidade: tratamento, enquadramento, luz, cores, originalidade. As imagens escolhidas devem passar profissionalismo, o que raramente sugere uma foto de celular.
  2. Imagens próprias ou banco de imagens? Imagens próprias e exclusivas sempre são uma relevância em si. Se o custo for um impeditivo, então opte pelos bancos de imagens que ofereçam mais alternativas relacionadas ao tema em questão.

A importância das imagens na produção de conteúdo, particularmente para a Internet, têm estimulado muitas agências a comporem suas equipes de produção em clusters, que reúnem profissionais de produção de conteúdo e criativos. Mas, mesmo em seu blog pessoal, ou no seu timeline do Facebook, não menospreze a importância das imagens, a menos que você não se importe em ser invisível para o público.


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