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COLUNAS


Gustavo Wrobel


Doutor em Comunicações e bacharel em Jornalismo. No campo acadêmico, participou como jurado de dissertações e prêmios na área de comunicações, ministrou palestras em universidades e em outras importantes instituições em distintos países da América Latina e é professor de Planejamento das Comunicações no Master de Comunicações da UCES. Também é membro de diversas associações profissionais. 

Trabalhou por 20 anos como diretivo da área de Comunicações de distintas empresas como Motorola e La Serenísima, nove deles como diretor de Comunicações e Relações Públicas para a América Latina. Também foi jornalista por 12 anos e Diretor Executivo de uma ONG. Atualmente dirige sua própria consultora regionais de comunicações: WSC | WROBEL SmartComm e assessora a diversas empresas e associações.


Doctor en Comunicaciones y Licenciado en Periodismo. En el campo académico, ha sido frecuentemente jurado de tesis doctorales y de premios del área de comunicación. Asimismo, dio charlas en las universidades y otras instituciones importantes en diversos países de América Latina, y es profesor de Planificación de las Comunicaciones en el Master de Comunicaciones de la UCES. Adicionalmente, es miembro de diversas asociaciones profesionales. 

Trabajó por veinte años como directivo del área de comunicaciones de distintas empresas como Motorola y La Serenísima, nueve de ellos como director de Comunicaciones y Relaciones Públicas para América Latina. También fue periodista por doce años y Director Ejecutivo de una ONG. En la actualidad dirige su propia consultora regional de comunicaciones: WSC | WROBEL SmartComm y asesora a diversas empresas y asociaciones.


WSC | WROBEL SmartComm
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Comunicações e tecnologia para uma nova educação

              Publicado em 23/06/2015

Durante os últimos anos, foram implementados vários planos para oferecer aos estudantes da América Latina as novas tecnologias de comunicação - basicamente, um notebook ou tablet e conexão à internet através de uma rede Wi-Fi correspondente. Os educadores estavam satisfeitos, e os políticos aproveitaram para mostrar suas contribuições para a educação.

Existem vários exemplos emblemáticos da região: o plano PROUCA no Brasil; Computadores para a educação na Colômbia; o plano CEIBAL no Uruguai; Pontes educacionais no Chile; e Conecte a igualdade na Argentina. Com as suas enormes diferenças, tudo consistia em fornecer dispositivos móveis e redes para educadores e estudantes, com o objetivo de melhorar a educação.

 

 

Me desculpe, mas tenho que confessar uma coisa: a questão é errada. Ou, pelo menos, incompleta. Certamente, muito dos professores e a maioria dos políticos acreditavam que desse modo é possível educar melhor, mas isso não é verdade. A educação é ainda assim pobre (ou ineficaz, dependendo da instituição), como costumava ser há tempo. A única lógica atrás da equação "dispositivo móvel + Wi-Fi" é que professores, políticos e a maioria do público a conhecem e se sentem confortáveis com essas tecnologias. A nível político, é convincente para mostrar gestão. Ponto. Não é para qualquer outra coisa. Desta forma, não educaremos os adultos de amanhã.

A primeira coisa que precisamos entender é como são os hábitos de consumo de informação dos jovens. Preste atenção aos seus costumes:

  • Não lêem jornal. Alguns têm um livro nas mãos de vez em quando.
  • Mas passam seus dias conectados a diferentes telas, principalmente celulares, tablets, computadores, televisão e consoles de jogos.
  • Sua atenção é dinâmica e dispersa. Em poucos segundos, saltam de uma leitura para outra. Existem estudos que dizem que a geração Z presta atenção por apenas 8 segundos para informações.
  • Adoram vídeos. Eles são responsáveis pelo crescimento do YouTube.
  • Adoram redes sociais e passam horas interagindo com eles.

 

Você pode imaginar o enorme nível de tédio dos estudantes no século 21, quando recebem uma educação por métodos educacionais do século 19 com alguns dispositivos do século 20? A educação é exatamente o mesmo. Vinte anos atrás, já havia Internet e laptops, tornando o suposto "tecnologia moderna" obsoleta e insuficiente em relação aos hábitos de informação e de aprendizagem para os jovens.

Para fazer uma verdadeira contribuição moderna à educação, desde as tecnologias de comunicação e informação, devemos ter em conta uma nova fórmula: Modernização educacional = tecnologia + redes sociais + dispositivos móveis + conteúdo + interação.

Esses são os elementos com os quais os alunos são entretidos no presente, e com o qual a educação deve competir. É um desafio gigante, mas necessário.

 

Alguns comentários para refletir:

Tecnologia: Sim, isso é definitivamente ligado a dispositivos móveis que permitem o acesso a informações que os alunos precisam. Niste nós concordamos. Mas a tecnologia, como visto nos seguintes pontos, abrange muito mais do que os dispositivos Wi-Fi e possibilidades de networking.

Dispositivos móveis: Hoje falamos sobre notebooks e tablets. Ontem pensamos em PCs, e talvez amanhã, de phabets e smartwatchs, ou outros dispositivos que não imaginamos hoje. Em todo o caso, não é importante. De alguma forma, eles estarão conectados.

Redes sociais: Vivem conectados. Eles compartilham informações. Feito para o prazer ou entretenimento. O ambiente social virtual é o meio por onde os jovens se comunicam. Imagine uma rede integrada por alunos do estabelecimento, onde as consultas podem ser realizadas, compartilhamento de dados, rede de trabalho em conjunto. Ou, talvez, interagindo com outros estabelecimentos educacionais semelhantes que compartilhar seus interesses - também com estudantes de outros países. Esse é o caminho.

Conteúdo: como concorrer contra vídeos do YouTube, comentários de Facebook e jogos de vídeo? Com conteúdo moderno e adaptado às novas tecnologias, incluindo fotos, vídeo, sons, links interativos, gráficos dinâmicos. É a única maneira. Imagine um aluno no Brasil estudando a Amazônia e acessando um vídeo on-line de três minutos sobre a vida das piranhas com apenas um clique. Em seguida um gráficos dinâmico permite-lhes compreender a precipitação durante todo o ano. E um podcast oferece a você ouvir o canto e a voz das populações indígenas da região. Uma escola no Equador onde os alunos assistem a um documentário sobre o Simon Bolívar e uma pequena animação digital das suas batalhas. É isso. Alinhar todos os criadores do mundo do entretenimento por trás do sistema educacional, criando conteúdo moderno e atraente para as novas gerações. Antes nós apenas fazíamos livros. Agora integramos a computação gráfica, vozes, música, vídeos e outros recursos em uma rede. Que seja dinâmico, interativo, engraçado. Assim, chegaremos aos alunos.

Interação: integração total entre alunos na sala de aula, e com alunos do mesmo nível, mas em anos diferentes, e com os professores. É assim que os adultos trabalham. E é o modo com que os jovens deveriam ser educados.

 

Como você pode ver, dispositivos e acesso a Wi-Fi não são suficientes para produzir mudanças no processo educativo capazes de educar as novas gerações. Precisamos construir redes de estudantes e educadores. Criar novos conteúdos modernos com formatos também modernos. Incentivar a participação. Então, a escola vai competir com as atrações de todos os dias. E educá-los para o próximo mundo, muito diferente de onde vivemos quando éramos estudantes.


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